Desafios atuais da imigração no Brasil

Durante os séculos XIX e XX, a Indústria Cafeeira foi um dos grandes pilares para a economia brasileira, dando também oportunidades de trabalho para os imigrantes que vinham ao país. Apesar disso, na contemporaneidade, o fluxo de não nativos no Brasil está em queda, em razão das poucas políticas que auxiliam estes. Nesse sentido, torna-se indubitável debater acerca dos desafios atuais da imigração no território nacional, principalmente no que se refere às diferenças culturais e ao desemprego.

Convém ressaltar, primeiramente, que as diversidades culturais entre as pessoas de outras nacionalidades e os brasileiros implica em uma limitação nas relações sociais e nos costumes dos imigrantes. Nesse viés, a Constituição Federal de 1988 ressalta a importância de promover e difundir as diversas manifestações culturais, inclusive a imigratória. Entretanto, é notório os empecilhos encontrados pelos refugiados de se adaptar às práticas brasileiras, sobretudo no aprendizado da língua e a falta de lugares que praticam suas religiões. Dessa forma, grande parte destes encontram dificuldades em seguir seus costumes.

Outrossim, as baixas taxas de empregabilidade também interferem nos desafios da imigração. Nessa perspectiva, pode-se citar a Revolução Industrial, que alterou profundamente os modos de produção e substituiu o trabalho manual humano pelas máquinas. Com isso, a quantidade de empregados diminuiu consideravelmente em todo o mundo, inclusive no Brasil, deixando milhares de cidadãos desempregos, dentre estes, os refugiados. Assim, com poucas oportunidades de emprego para os próprios nativos, a empregabilidade dos que vêm de fora também é baixa.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas com o intuito de repromover a recepção dos imigrantes no país. É preciso que o Ministério da Cidadania, juntamente com ONGs especializadas, crie políticas de inserção dos refugiados no Brasil, por meio de projetos sociais que visem ensinar a língua portuguesa para eles, além da disseminação de centros religiosos para que os outros povos possam exercer seus costumes. Ademais, cabe também a concessão de bolsas acadêmicas para que os imigrantes possam se preparar para o mercado de trabalho. Por meios como esses, será possível recepcionar os não nativos novamente, tal como o período das produções de café.