Desafio no descarte adequado de resíduos sólidos urbanos no Brasil

De acordo com os dados do Portal Resíduos Sólidos de 2018, o panorama dos resíduos sólidos no Brasil, em 2016, mostram quase 5.565 dos municípios brasileiros destinam seus lixos urbanos para locais impróprios. Isso equivale aproximadamente 60% dos municípios. Nesse contexto, percebe-se que há desafios nos descarte adequados dos resíduos sólidos urbanos. Dessa forma, em razão da lenta mudança na mentalidade social e da lacuna educacional existente, emerge um problema complexo, que precisa ser revertido.
Primeiramente, é preciso salientar a lenta mudança na mentalidade social é um fator determinante para a persistência do problema. Conforme Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar, umas vez que, se as pessoas crescem inseridas em um contexto social sem as devidas informações sobre como descartar seus próprios lixos, a tendência é adotar  esse comportamento também, o que torna ainda mais complexo.
Em segundo plano, há outra causa para a configuração da questão: a negligência escolar. Nessa perspectiva, Kant defende que o homem é resultado da educação que teve. Assim, se há um problema social, há a irresponsabilidade nas escolas, onde falta a abordagem dos riscos que o lixo urbano descartados de forma errada traz para a saúde – e, por consequência, para a sua própria vida. Desde modo, a isenção educacional de responsabilidade sobre o tema é um desafio.
Portanto, uma intervenção é necessária. Para isso, é preciso que as escolas criem uma semana de rodas de conversa para debater o descarte dos resíduos sólidos, por meio de palestras com pessoas especializadas para explicar detalhadamente quais são as maneiras corretas de se descartar um lixo, devem também usar materiais impressos para o aluno levar para casa. Tal ação deve ser aberta à comunidade, para que a escola cumpra seu papel social. A parti disso, poderá se consolidar uma geração ciente das suas responsabilidades.