O Oscar é a premiação do cinema mais famosa do mundo, um evento multimilionário, com milhões de espectadores. Porém, o Brasil, apesar de contar com indicações, nunca recebeu um prêmio nesta cerimônia. Isso indica que o país não possui potencial cinematográfico? Na verdade, apenas aponta que a sétima arte está intrinsecamente ligada a relações hegemônicas e, portanto, capitalistas.
Primordialmente, é perceptível que a História é contada pelos detentores do poder, assim como defendeu George Orwell. Nesse sentido, basta observar o ensino das origens brasileiras que, na maior parte das escolas, ainda é feito de uma perspectiva eurocêntrica, para perceber a desvalorização da alteridade dos povos nativos. O pensador grego Heródoto falou, certa vez, sobre a importância de conhecer o passado para entender o presente. Dessa forma, no contexto do cinema brasileiro, é necessário pôr em voga outro conceito de origem grega: a democracia.
Ademais, essa democratização deve abranger o acesso tanto às produções cinematográficas quanto ao fazer artístico. Conforme os sociológos da Escola de Frankfurt, existe uma indústria que objetiva massificar a cultura e obter dela lucros (Hollywood pode ser citada como exemplo disso). Esse cenário, descrito no início do século XX, mas ainda marcante nas sociedades atuais, precisa ser revertido a fim de estimular a diversidade cultural e a difusão de informações – e histórias – por distintos pontos de vista.
Portanto, é crucial adotar medidas para mitigar o problema. O Ministério das Comunicações, em parceria com o da Educação, deve estimular o acesso ao cinema nas escolas, por meio da exibição de filmes diversos – que auxiliem os estudantes a compreender a realidade brasileira e a desenvolver senso crítico – e de oficinas que promovam a inserção e projeção de jovens no cinema. Essas ações trazem, como finalidade, a pluralidade de pensamento e a democratização do acesso aos patrimônios culturais do país. Isso tudo para que o cinema não seja um mero produto de consumo, mas uma ferramenta de formação cidadã.
gijoca
Olá lelelÊ, boa noite.
Primeiramente, acredito que você não compreendeu o que o tema da redação queria, normalmente no enem os textos motivadores ajudam nesta questão, explicando ou direcionando sobre o que exatamente o tema fala.
A conclusão está muito bem estruturada
Continue praticando, você tem um grande potencial!
Jadson_Butzk
Olá Danielle Costa.Le.Lê, segue minha breve análise:
A sua redação apresenta domínio da língua portuguesa, com apenas um erro gramatical no segundo parágrafo de desenvolvimento em “Conforme os sociológos da[…]”.
Sobre compreender o tema, eu suponho que a redação não foi bem pelo o que a banca examinadora espera, pois o Enem é mais restritivo nessa questão. Mas posso estar errado, porque você falou sobre a democratização, ainda que de forma quase que subjetiva se não fosse haver menção disso no final do segundo parágrafo e início do terceiro.
Percebe-se que a redação desenvolve bem argumentos em defesa de um ponto de vista, apenas com um entrave na transição do segundo para o terceiro. Não é bom apresentar uma ideia no fim de um, para então continuar no próximo – era para estar em apenas um deles. Percebo sua intenção se formar coesão, porém cada parágrafo existe para uma finalidade argumentativa própria e, o uso estratégico dos mecanismos linguísticos farão a função de interligar os períodos.
Ademais, a dissertação apresenta domínio do uso dos elementos coesivos e, além disso, finaliza com a proposta de intervenção detalhada.
Bons estudos!