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Democratização do acesso ao cinema no Brasil

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Segundo Gilberto Dimenstein, em seu livro “O cidadão de papel”, nem sempre as leis presentes nos documentos oficiais nacionais são cumpridas, desencadeando uma realidade em que os indivíduos são reconhecidos apenas no papel. Nessa lógica, tal situação assemelha-se à realidade brasileira, uma vez que a garantia do direito à cultura torna-se prejudicado pela falta da democratização do acesso ao cinema. Assim, pode-se dizer que a problemática tem como origem inegável o descaso estatal, por meio de sua mentalidade capitalista. Dessa forma, a desigualdade social e a carência infraestrutural atuam como protagonistas do revés.

Diante dessa conjuntura, a ausência da igualdade econômica é um dos principais entraves do acesso ao cinema. Sob esse viés, Ariano Suassuna, através de sua teoria da “Injustiça secular”, defende a existência de duas vertentes: a dos favorecidos e a dos despossuídos. A partir de tal pensamento, é evidente no Brasil a segregação econômica, que se consolida por meio da omissão da esfera administrativa em não minimizar o imbróglio. Essa desigualdade torna-se fruto da falta de oportunidades no mercado de trabalho para as classes sociais mais baixas, o que impossibilita a efetivação do direito à cultura por intermédio da aproximação aos cinemas locais. Com isso, o quadro irá manter-se caso o problema não seja solucionado.

Ademais, é necessário discutir como a carência infraestrutural afeta a problemática. O filósofo inglês Thomas Hobbes afirma que o corpo estatal deve proporcionar meios que auxiliem no progresso de toda a coletividade. Todavia, é notório no cenário brasileiro que a falta de cinemas em determinadas localidades provoca o distanciamento à cultura. Isso acontece devido ao mínimo comprometimento do Estado na garantia aos direitos básicos, posto que o acesso a cultura torna-se imprescindível na medida em que oferece aprendizado e lazer, além do sentimento de pertencimento à nação verde-amarela. Logo, faz-se imperiosa a resolução do revés.
   Então, precisa-se minimizar a problemática para que haja a democratização do acesso ao cinema no Brasil. Com a finalidade do direito à cultura ser usufruido pelos brasileiros, é necessário que o Estado, em parceria com o Ministério da Cultura, criem e introduzam nas regiões periféricas instituições cinematográficas, por meio de verbas governamentais. Tal ação pode ser aprimorada com propagandas nas mídias sociais sobre a construção desses cinemas e, assim, o cenário descrito por Dimenstein poderá ser diminuido no Brasil.

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4 Correções

  1. Você está de parabéns!!👏👏👏
    Sua redação atende aos requisitos de redação do Enem, no entanto, se eu poder lhe dar um conselho seria em relação a introdução, especificamente, em relação a contextualização, pois nela, você aponta a incúria do Estado, como uma causa, e na tese você expõe argumentos diferentes, e que inclusive os desenvolve com perfeição no D1 e no D2.
    Portanto, acredito que essa pequena inadequação pode fazer com que os corretores tirassem pontos na competência 3.

    Do mais é só lhe parabenizar pela excelente produção textual.

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  2. Competências

    I: demonstrar domínio da língua portuguesa;
    Nota:200

    II: compreender a proposta de redação e os conceitos das áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo;
    Nota:180

    III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
    Nota:160

    IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
    Nota:200

    V: elaborar uma proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos direitos humanos e considerando a diversidade sociocultural.
    Nota:200

    NOTA FINAL: 940

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  3. Olá.
    Adorei o seu texto. Sua redação possui um repertório riquíssimo, logo no primeiro parágrafo já é possível perceber que você possui o domínio da língua portuguesa. Ainda citou o grande Suassuna, mestre da literatura brasileira. Acredito que seguindo desta forma você tem muito potencial de atingir uma nota mil. Bons estudos!

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  4. Competências

    I: demonstrar domínio da língua portuguesa; 
    Nota:200

    II: compreender a proposta de redação e os conceitos das áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo; 
    Nota:200

    III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; 
    Nota:160

    IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; 
    Nota:200

    V: elaborar uma proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos direitos humanos e considerando a diversidade sociocultural. 
    Nota:200

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