Democratização do acesso ao cinema no Brasil

Consoante com a filósofa Hannah Arendt, a essência dos Direitos Humanos é a parte que usufrui dele, no entanto, a falta de democratização do acesso ao cinema no Brasil evidência que, o que está declarado na constituição não é observado na prática, uma vez que, o lazer é um direito de todos. Dessa forma, por razões de negligência governamental e segregação espacial o problema ainda persiste.

A princípio, como o cinema é uma forma de lazer, o Estado não vêm proporcionado uma universalização ideal desse espaço cinematográfico. Por esse ângulo, a Constituição Federal do Brasil de 1988, lei fundamental e suprema do país, declara que o dever do governo é assegurar direitos indispensáveis à todos os cidadãos, como nesse caso, garantir que o prazer lúdico que as telas grandes de cinema estimula seja atingido todo corpo social, entretanto, não é isso que acontece, seja porque os governantes estão mais preocupados com status e ao dinheiro do que para os problemas que permeia a nação ou não tem um bom preparo de gerenciamento de um país. Assim, sem o apoio do poder público, a situação tende a piorar, desestruturando uma harmonia social.

Outrossim, é visto que o espaço cinematográfico é um lugar segregado e elitizado. Nessa perspectiva, com as empresas de cinema sempre em busca de obter mais capital, elas abrem as salas aonde que as pessoas com poder aquisitivo alto frequentam e ainda por cima o preço dos ingressos bem como dos alimentos é bastante considerável, o que acaba, prejudicando a plena democratização do acesso ao cinema. Logo, essa situação é um exemplo de “capital cultural” termo cunhado pelo filósofo Pierre Bourdieu, que diz  respeito que o lazer é usado pelo sistema capitalista como forma de obtenção de lucro, algo precisa ser feito.

Portanto, de acordo com a posição suplacitada, o Ministério da Cidadania deve distribuir tickets gratuitos e vale alimentação para as pessoas menos favorecidas economicamente irem ao cinema, e cabe ao Ministério Público proporcionar espaços cinematográficos em lugares periféricos, isso tudo pode ser realizado com verbas liberadas do governo e apoios de órgãos e profissionais capacitados, com a finalidade de democratizar o acesso ao cinema no Brasil. Dessa maneira, a essência dos Direitos Humanos poderá ser concretizado, se caso essas ações serem realizados.