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Democratização do acesso ao cinema no Brasil

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A Constituição Federal de 1988- documento jurídico mais impostante de país- prevê em seu artigo 5°, o direito à igualdade como inerente a todo cidadão brasileiro. No entanto, tal prerrogativa não tem sido aplicada ao observar a falta de democratização do acesso ao cinema. Diante dessa perspectiva. faz-se imperiosa a análise em relação a negligência governamental e a falta de debate sobre o tema.

De acordo com o exposto, faz-se necessário lembrar que há uma forte negligência por parte do governo. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, todo indivíduo tem direito ao contrato social, onde o poder que governa oferece acesso igualitário dos direitos básicos à todos. Nesse sentido, é possível notar uma contradição com a situação cotidiana, em que uma parcela populacional não possui condições financeiras de se locomover ao cinema, nem de arcar com os custos dos estabelecimentos, por serem elevados, o que atende apenas a elite nacional. Logo, a ideia de cumprir o contrato social é invalidada.

Ademais, é fundamental apontar a falta de debate como impulsionador da ausência do acesso aos cinemas por todos. Conforme o pensamento do filósofo Habermas, é através da linguagem que as ações surgem, ou seja, o debate é essencial para fornecer visibilidade e alterar de maneira efetiva o quadro. Contudo, na prática isso não ocorre e a falta de informação da grande parte da população se torna responsável para a persistência do problema em regiões distantes dos centros de concentração, pois não recebem investimentos adequados para melhoria de suas estruturas de entreterimento, já que a situação, muitas vezes, é desconhecida de maneira coletiva.

Portanto, é preciso que o Estado tome providências para amenizar a ausência de democracia no acesso aos cinemas. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Economia insira, por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias, o projeto de investimento na área do lazer – principalmente em regiões periféricas e com baixo desenvolvimento, de forma que os valores cobrados pelos cinemas sejam reduzidos adequadamente – a fim de possibilitar à nação a oportunidade de enriquecer o intelecto. E assim, demonstrar evolução no quesito igualdade, devidamente como a Magna Carta apresenta.

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1 Correção

  1. Primeiramente quero lhe parabenizar, pois seu texto está bem escrito e com uma boa linha de pensamento.
    Introdução bem desenvolvida relacionando a contextualização com o tema e apresenta uma tese.
    Desenvolvimento bem trabalhado, ótimos argumentos e fundamentação. Segue uma linha boa de raciocínio.
    Conclusão muito boa, com os 5 critérios bem explícitos.
    Se fosse para lhe dar uma nota seria entre 900 e 1000. Continue assim.

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