Democratização do acesso ao cinema (ENEM-2019)

Desde 1895, ano em que o cinema foi criado, as imagens que se movimentam tornaram-se parte do cotidiano dos indivíduos. A arte cinematográfica é um veículo de grande agregação de conhecimento de cultura. Entretanto, o Brasil acabou tornando a sexta arte quase que de acesso exclusivo à elite. A fim de explicar a sociedade, Durkheim, em sua obra sobre o Organismo Social, afirma de cada ser, apesar de suas diferentes funções sociais, devem ser tratados de forma equalitária. Portanto, todos deveriam ter acesso ao cinema da mesma forma.

Primeiramente, é necessário mencionar que os cinemas acabam se concentrando apenas nos grandes centros urbanos. Portanto, a exclusão regional é um dos grandes fatores para que apenas a elite brasileira tenha acesso a cultura transmitida através do cinema. Para exemplificar, dados do IBGE mostram que mais de 85% dos cinemas brasileiros estão localizados nos centros das grandes cidades.

Além disso, os preços para entrar no cinema estão cada vez mais altos, fator que seleciona ainda mais uma pequena parcela da população que terá acesso a tal arte. Por conseguinte, poucos tem acesso ao conhecimento obtido por meio da cultura cinematográfica. Em suma, o acesso a cultura e ao cinema é uma das forma de saída da minoridade, nomeada pelo sociólogo Kant, para adentrar ao conhecimento genuíno.

Portanto, é necessário que o acesso ao cinema seja equalizado na sociedade brasileira. Por isso, a Secretaria da Cultura, como agente interventor, deve criar, por meio do investimento de verbas na arte cinematográfica, salas de cinema públicas em áreas afastadas dos grandes centros urbanos, para que, dessa forma, o acesso ao cinema seja democratizado de forma eficaz.