Na notável obra “utopia” escrita por Thomas more, é retratada uma sociedade perfeita, padronizada pela ausência de problemas e conflitos sociais. No entanto, a sociedade brasileira vem se mostrando contraditória à mesma descrita por More, visto que o abandono da leitura de forma generalizada na população vem colocando em risco o patrimônio cultural literário do país. Nesse contexto, destacam-se como fatores agravantes, a falta de incentivos e a inacessibilidade dos materiais de leitura.
Em primeira instância, segundo o artigo 215 da constituição de 1988, “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.”. No entanto, se torna claro que isso não ocorre, posto que o total descaso governamental em relação ao rápido aumento de preços dos livros vem resultando na total inacessibilidade de produtos disseminadores de cultura às camadas populares. Dessa forma, tornando um dos principais patrimônios históricos do país restrito a alta sociedade.
Ademais, segundo pesquisas realizadas pelo Pró Livro, foi divulgado que o brasileiro lê em média, 2,43 livros por ano. Tal baixíssimo número se deve principalmente à falta de conscientização da população em relação a importância da leitura e da preservação da identidade cultural. Além disso, com o surgimento de novas fontes de entretenimento somado com a inacessibilidade dos materiais de leitura, veem resultando no total abandono do hábito do consumo de livros. Com isso resultando no empobrecimento da cultura do país, além de colocar a identidade literária brasileira em risco.
Concluindo, segundo o pensador Thomas Hobbes, “o estado é o responsável por garantir o bem estar da população”. Seguindo tal linha de pensamento, é necessário que o governo federal por intermédio da receita federal, retire todos os impostos colocados nos livros, com a finalidade de torná-los mais acessíveis a toda população. Também seria necessário o ministério da educação crie campanhas no âmbito escolar e público, com o intuito de incentivar a leitura à toda a população. Dessa forma, tornar a sociedade brasileira mais próxima à mesma descrita por Thomas More.
Laís Oliveira Silva
A redação está em um bom nível, demonstrando conhecimento no uso dos conectivos, no planejamento do texto, na sua estrutura de um modo geral.
Porém ha alguns detalhes que precisam serem revistos, tais como: a generalização (com a palavra total); o uso do verbo no gerúndio; faltou argumentação, uma vez que, os parágrafos estão mais expositivo; e alguns erros gramaticais…
Acredito que a redação vale uns 840.
SofiaCorrêaCaracoci
Gostei muito do parágrafo de introdução, excelente alusão. Já no segundo, acho que citar a esse trecho constituição não foi muito necessário porque entrada grátis de museus já é uma forma que o governo garante acesso à cultura, então de certa forma ele já cumpre o que está na constituição (mesmo que seja muito fraco). Terceiro parágrafo está muito bom, utilizou muito bem esse dado. No último parágrafo, não gostei ter começado com “concluindo” mas citar Hobbes novamente foi ótimo, fazendo uma conexão com o começo do texto, excelente estratégia. Na conclusão acho desnecessário fazer duas propostas de intervenção, foque em uma e a detalhe bem.
De um modo geral, sua redação foi muito boa, daria em torno de 880-900.
Bom trabalho