Aprendiz

Democratização da internet para fins educacionais

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Manoel de Barros, grande poeta pós-modernista, desenvolveu, em suas obras, uma “teologia do traste”, cuja principal característica reside em dar valor às situações frequentemente esquecidas ou ignoradas. Seguindo a lógica barrosiana, faz-se preciso, portanto valorizar também a problemática da não democratização do acesso à internet para fins educacionais, que se encontra silenciada no Brasil. À vista disso, destacam-se a omissão estatal e a desigualdade social como causas dessa adversidade.

Diante desse cenário, é possível observar que a negligência governamental potencializa o revés. Acerca disso, o filósofo inglês Thomas Hobbes, em seu livro “Leviatã”, defende que é dever do Estado proporcionar meios que auxiliem o progresso de toda a coletividade. A máxima do intelectual, todavia, não se aplica à conjuntura hodierna, uma vez que as autoridades governamentais não agem para criar ações que resolveriam o fornecimento de utensílios tecnológicos aos estudantes, os quais são um dos requisitos para o acesso à internet. Logo, enquanto não houver uma ressignificação desse árduo panorama, manter-se-á em vigor a inserção desigual à internet no Brasil.

Ademais, urge ressaltar a disparidade econômica como agravante do impasse. A esse respeito, o escritor Ariano Suassuna, notou a existência de uma injustiça secular capaz de dividir a nação brasileira em duas vertentes: a dos favorecidos e a dos despossuídos. Sob essa lógica, a parcela desfavorecida não é detentora de poder aquisitivo que permita o acesso à aparatos tecnológicos, o que ocasiona, por conseguinte, a privação desse público acerca dos benefícios promovidos pelas ferramentas digitais, como o contato com as aulas “on-line” e com os materiais pedagógicos virtuais. Dessa forma, são necessários meios que possibilitem a inclusão tecnológica aos estudantes vítimas da desigualdade secular.

Isso posto, torna-se primordial mobilizar ações para atenuar a falta de garantia à internet para fins educacionais. Desse modo, as escolas – responsáveis pela transformação social – devem combater a inércia estatal, por meio de projetos pedagógicos, como ações comunitárias que contenham dispositivos conectados à rede mundial de computadores, como celulares, “tabletes” e “notebooks”. Essa iniciativa terá a finalidade de romper a desigualdade social e de garantir que o Brasil seja uma nação justa, solidária e, de fato, livre do desigual acesso à internet. Assim, a ideia do poeta Manoel de Barros poderá ser convertida em realidade.

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4 Correções

  1. Vamos lá!!

    Correções:

    Parágrafo 1: Vírgula após portanto. Tese excelente e repertório muito bom.
    Parágrafo 2: Repertório muito bom. “Utensílios tecnológicos” pode ser substituído por “equipamentos tecnológicos”. Cuidado para não se perder no excesso de informação.
    Parágrafo 3: “aparatos tecnológicos” substitua por “tecnologia”.
    Parágrafo 4: Excelente conclusão, com todos os tópicos importantes. A retomada de tese é sempre essencial para o texto ficar redondo- como você fez-.

    Comentário:
    Texto muito organizado, com excelente repertório cultural, teses, tópicos frasais e bastante coeso.

    Competência 1: 200
    Competência 2: 200
    Competência 3: 200
    Competência 4: 200
    Competência 5: 200

    Total: 1000

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  2. Competência 1 – 200
    Competência 2- 200
    Competência 3- 200
    Competência 4- 160
    Competência 5- 200

    Não sou profissional, porém acho que deveria ter um pouco mais de cuidado ao terminar de usar os argumentos uma atenção pequena sempre nos finalzinho dos parágrafos.

    Os conectivos apesar de serem conectivos as vezes não se encaixam bem deixa o texto um pouco desconfigurado. Porém meus parabéns arrasou

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  3. Oi, bom dia! Não sou especialista mas vou tentar corrigir sua redação.

    – Introdução: Parágrafo bem organizado, no entanto, senti uma ligação muita vaga entre o seu repertório e o tema. Além disso, recomendo deixar o “portanto” no começo da frase, já que se trata de um conectivo.

    – D1: Senti que suas ideias ficaram um pouco superficiais e ao mesmo tempo, muito aprofundadas. Tipo, você se prendeu muito no repertório e em deixar o parágrafo organizado sem desenvolver o aspecto prático do assunto: o que falta para os estudantes? Os utensílios seriam fornecidos para escolas e faculdades públicas ou direto para alunos sem condições de comprá-los? Que dispositivos seriam esses? Ademais, senti falta do elemento mais importante da argumentação, ou seja, a problemática do tema que, nesse caso, seriam: por que é um problema os alunos não terem acesso a Internet? Quais as vantagens da tecnologia para a educação? Por fim, acho que seria interessante, no lugar do Hobbes, colocar um exemplo ou caso brasileiro, por exemplo a pandemia, em que o governo distribuiu notebooks para professores trabalharem, além de Internet para os alunos.
    ~ Obs: Recomendo substituir “diante desse cenário” por “em primeiro plano”, “em primeira análise” ou “a princípio”, além de, novamente, colocar o conectivo “todavia” para o início da terceira fase.

    – D2: Mais uma vez, senti falta do ponto de vista prático do assunto. Você poderia ter usado o seu repertório para fazer uma comparação entre os alunos de escolas públicas (despossuídos) e os alunos de escolas particulares (favorecidos).

    – Conclusão: achei sua proposta de intervenção fraca porque, afinal de contas, as escolas públicas (que são as que sofrem com falta de Internet e tecnologia), são administradas pelo governo, então fica um pouco contraditório você sugerir que elas tomem uma atitude para resolver um problema estatal. Não seria muito mais interessante se você colocasse o agente direto como o governo e a ação fosse resolver a desigualdade social? Ademais, achei sua “finalidade” muito grande, eu colocaria só “Assim, essa medida teria a finalidade de democratizar o acesso a Internet na educação brasileira.”

    ~ Geral: sua redação está bem escrita, com boa organização textual e sem erros gramaticais, no entanto, acho que sua falta de desenvolvimento nos argumentos te faria perder pontos na C3. Logo, acho que com a prática você consegue chegar nos 1000 pontos.
    ~ Obs: lembra de usar os repertórios para embasar sua tese e não apenas para marcar a presença de outra área do conhecimento (C2).

    ~ Boa sorte, desculpa qualquer coisa ♡♡♡

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  4. Olá, tudo bem? Espero que sim! Vamos lá:
    Introdução: ótima introdução. Possui um bom repertório, pertinente ao tema. Além disso, apresenta tese bem marcada e de fácil entendimento.
    Desenvolvimento: D1- esse desenvolvimento esta muito bem escrito. Possui tópico frasal, fundamentação desse tópico com a citação do filósofo e a ampliação do que foi dito (o porquê de tal questão).
    D2- bom parágrafo. Apresenta bons argumentos que validam o que foi proposto na tese. Assim como, o repertório auxiliou de forma produtiva na construção da argumentação.
    Conclusão: a sua conclusão possui: agente+ ação+ meio+efeito+ detalhamento. Além disso, o fato de você ter retomado a citação que fez no primeiro parágrafo contribui para a sua nota final.
    Comp. 1- Gramática: não encontrei erros gramaticais recorrentes. 200
    Comp. 2- Repertório: apresenta ótimos repertórios, todos pertinentes ao tema e com uso produtivo. 200
    Comp. 3- Projeto de texto: o seu projeto de texto esta muito bom, o texto esta bem escrito, possui desenvolvimento das informações, fatos e opiniões em todo o texto. 200
    Comp. 4- Coerência: você utiliza ao longo do texto os conectores, mas senti que poderia ter utilizado mais. 160
    Comp. 5- Proposta de intervenção: a sua proposta de intervenção esta completa, ou seja, com os 5 elementos válidos. 200
    Total: 960
    Peço desculpas se interpretei alguma parte errada, não sou profissional! Você possui um grande potencial, continue assim! :)
    Espero ter ajudado e bons estudos!!!

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