Na década de 1950, o então presidente Juscelino Kubitschek decidiu priorizar investimentos no setor rodoviário buscando atrair empresas estrangeiras, e logo ficou a impressão que o modal ferroviário estava defasado. Todavia, o rápido crescimento das grandes cidades brasileiras agravou os problemas no transporte público, prejudicando especialmente, os moradores de áreas periféricas, que dependem desse serviço.
Até meados do século XX, o transporte ferroviário era o mais utilizado no Brasil, mas o Governo Federal lançou o Plano de Metas para alavancar a economia, e por isso decidiu investir na construção de rodovias com o intuito de atrair indústrias automobilísticas como a Wolksvagem, impulsionando a produção de carros. Entretanto, os investimentos públicos em transportes ficaram restritos as áreas nobres das grandes cidades.
Justamente neste período, o êxodo rural ganha força no país, pois através da rápida industrialização, postos de trabalho foram criados nas metrópoles, atraindo milhares de pessoas. Todavia, as regiões centrais de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro valorizaram-se bastante, levando esse contingente de cidadãos ocuparem áreas periféricas, e muitas vezes morando em situações precárias, portanto, para chegarem ao trabalho precisam utilizar o transporte público de ônibus, que muitas vezes é precário e desatualizado, devido a falta de recursos financeiros dos governos municipais, responsáveis por manter esse serviço.
Compreende-se também que o transporte ferroviário não é priorizado nas grandes cidades, e para solucionar o problema, o Governo Federal, através do Ministério da Infraestrutura deveria aumentar investimentos neste setor, especialmente na construção de novas linhas e estações. Os gestores municipais, por sua vez, poderiam estimular a entrada de novas empresas para explorar as linhas de ônibus, através de incentivos fiscais, o que poderia melhorar o serviço público, pois haveria concorrência, levando os empresários do setor a investir em ônibus novos, na intenção de conseguirem mais clientes.
Doriedes
Gostei da sua redação, bem coerente, cita fontes com dados, e tem um bom desenvolvimento. Só achei que a conclusão poderia ter sido um pouco mais trabalhada. Senti falta de uma abordagem mais ampla, poderia citar governos estaduais e municipais, que detém mais poder nesse quesito, eles recebem os recursos finais.
Gostei da redação, relativamente bem-feita.
Eis alguns pontos que achei interessante destacar em cada parágrafo:
++ 1° Parágrafo (Introdução):
– O repertório sociocultural é bem útil ao tema desenvolvido.
– Você destaca somente uma tese. Não é exatamente um erro, mas o ideal é que se tenham duas (ao menos me ensinaram assim).
++ 2° Parágrafo (Desenvolvimento 1):
– No primeiro parágrafo de desenvolvimento você contextualizou um pouco mais a situação e apresentou uma das causas do problema. Muito bom, não vejo nenhum erro aparente.
++ 3° Parágrafo (Desenvolvimento 2):
– No segundo parágrafo de desenvolvimento você apresentou a consequência do problema, finalizando seu desenvolvimento. Também sem nenhum erro de argumentação aparente.
– Senti falta de um segundo repertório nesse parágrafo que pudesse ajudar a desenvolver ainda melhor o tema. Sugestão: pesquise alguns dados estatísticos que possam encaixar no tema.
– Uma sugestão um pouco mais semântica: no início do parágrafo troque “justamente nesse período” por “durante esse período”. “justamente” fica um pouco informal nessa frase.
++4° parágrafo (Conclusão):
– Tem todos os elementos exigidos para uma proposta de intervenção. Não há nenhuma penalidade aqui.
Nota: 800 ~ 900. Não está perfeita, mas tá no caminho certo.