*Cultura escrita*

De acordo com os iluministas Diderot e D’Alembert, a democratização da educação é fundamental no combate à alienação dos cidadãos, garantindo aos mesmos seu efetiva liberdade. Dessa forma, no que tange a questão da cultura escrita, nota-se a configuração de um grave impasse, em virtude da omissão governamental e desigualdade social.

Primeiramente, é fulcral pontuar que o difícil acesso a escrita, deriva da baixa atuação governamental. Segundo, o pensador Thomas Hobber, o estado é responsável por garantir o bem estar da população. Entretanto, isso não ocorre no Brasil, devido a negligência do Poder Público para com o melhoramento do sistema educacional de escrita. Refreando assim, o desenvolvimento intelectual, linguístico e social de milhões de indivíduos. Por conseguinte, a marginalização dessas pessoas é agravada, submetendo-os às sombras do sistema brasileiro.

Ademais, é imperativo ressaltar à assimetria social como promotor do problema. De acordo, com dados do “Mapa Analfabetismo”, as taxas de desconhecimento da modalidade escrita são vinte vezes maiores entre os pobres. Nesse contexto, observa-se a perpétuação do periférismo dos mais carentes, que por não saberem escrever, não dispõem das mesmas oportunidades de trabalho e lazer. Logo, esse contingente populacional não consegue ascender no meio social condenando seus descendentes as mesmas condições de contraposição.

Infere-se, portanto, a necessidade de combater essa problemática. Para tanto, cabe ao MEC( Ministério da Educação), mediante o redirecionamento de verbas e o aumento orçamentário, investir na criação de programas de escrita, com fito de, reverter o quadro vivenciado na contemporaneidade. Desse modo, o problema será gradativamente erradicado no país.