Crise Mundial e Desemprego

Com a Grande Depressão, ocorrida em 1929 e que acarretou a quebra de Bolsas de Valores do mundo capitalista inteiro na época, veio também a fome e principalmente o desemprego. A taxa de desemprego, só nos Estados Unidos, chegou a 25% e afetou inúmeras famílias, empresas e grandes indústrias ao redor do globo. Esse fato pode ser facilmente comparado com os dias de hoje, pois a instabilidade financeira torna o problema do desemprego difícil de ser resolvido, principalmente em um cenário de pandemia como o atual. Além disso, a desigualdade social presente agrava ainda mais o problema.

O Brasil teve sua economia instável durante quase sempre, sendo preciso empréstimos com potências mundiais e juros altos para sanar os problemas econômicos, ainda sim tendo boa parte de sua população desempregada devido à grande crise político-econômica que se iniciou em 2014. A situação se agravou por causa da epidemia da Covid-19, e de acordo com o IBGE, a taxa de desocupação passou de 11% no fim de 2019 para 12,2% no trimestre encerrado em março de 2020. Isso significa que por volta de 1,2 milhões de pessoas entraram na fila do desemprego só nos últimos três meses desse ano.

Além da crise, a desigualdade social enraizada no Brasil faz com que muitos daqueles que perderam seus empregos fossem de situações financeiras já arruinadas pelo baixo salário e má qualidade de vida – o que aumenta a miséria, a população de rua e os trabalhos informais no país. Segundo Jürgen Habermas, filósofo e sociólogo alemão, “a sociedade é dependente das críticas às suas próprias tradições”, o que mostra que enquanto não mudar o problema da desigualdade social extremamente presente na sociedade, a situação crítica da maioria da população deve continuar a ser uma realidade.

Diante dos fatos apresentados, é preciso a adoção de medidas eficazes. Primeiramente, cabe ao Senado diminuir a possibilidade de recessão econômica, por meio de estratégias preventivas, como desenvolvimento de pesquisas em casos de pandemias como a atual, para assim evitar a retração financeira. Assim como, é de responsabilidade do Ministério da Economia reduzir as desigualdades sociais, destinando verbas à profissionalização de funcionários públicos para que possam aprender a trabalhar de casa como segunda opção, com o intuito de combater o alto número de pessoas desempregadas.