CORRIJO DE VOLTA – Tema: O papel do SUS no combate às epidemias

Garantido pelos meios legais desde a década de 1980, o sistema único de saúde representa o comprometimento do Estado com a garantia do bem estar dos brasileiros. Entretanto, em períodos epidêmicos (requisito massivo do SUS), principalmente, nota-se que tal sistema não atinge suas potencialidades. Nesse sentido, é preciso discutir como a irresponsabilidade estatal e a baixa adesão social à defesa do SUS agravam a problemática.

Primeiramente, deve-se discutir como a negligência do Estado amplia o imbróglio. Isso porque, segundo uma reportagem do telejornal ”Fantástico”, durante a recente epidemia do COVID-19, um dos problemas enfrentados pelos hospitais públicos é falta de leitos e equipamentos, como macas e respiradores. Dessa forma, infere-se que o Estado, aquele responsável pela saúde pública, não atende às necessidades básicas exigidas pelos hospitais, o que vai contra a ideia de comprometimento com a população. Por consequência, há o colapso do sistema, colando em risco, infelizmente, a vida dos brasileiros.

Além disso, a baixa adesão social à defesa do SUS é outro fator relevante para se analisar. Isso porque, apesar de seu requisito massivo durante as epidemias, não há uma mobilização efetiva do tecido social em prol da defesa e de mais investimentos nas instituições públicas de saúde. Dessa forma, PEC’s (emendas constitucionais) como a do ”controle de gastos” de 2016 continuam a determinar os rumos da sociedade, sucateando os hospitais públicos e a qualidade de seus atendimentos aos anseios da população.

Torna-se evidente, portanto, que o SUS deve ter maiores atenções para cumprir seu papel eficientemente durante as epidemias. A mídia, com seu poder influenciador em parceria dos médicos, por meio dos recursos televisivos e redes sociais, deve incentivar  o corpo social a lutar pelos seus direitos e pela integridade de um sistema tão importante. Através de reivindicações, deve-se pressionar o governo federal a rever seus investimentos e controle de gastos para que se possa melhorar a qualidade dos serviços de saúde pública. Assim, será possível ao SUS ser mais atuante em épocas de epidemias e fortalecer o que foi construído em 1980.