Corrijo de volta!

A cor do sangue

Em “Contrato Social”, Jean-Jacques Rousseau afirma que a força física é, incontestavelmente, uma forma de poder ilegítima. Paralelamente, observa-se que esta é usada corriqueiramente pelos policiais brasílicos ao abordarem indivíduos negros. Decerto, é senso comum que este problema deriva-se do racismo ainda perpetuado nas civilizações modernas; de qualquer modo, oblitera-se, nos debates e dissertações acerca deste tópico, o fato da sociedade brasileira ser um jardim propício à cultivação de práticas racistas, as quais perpetuam as agressões por parte de agentes da polícia à comunidade negra.

Primeiramente, põe-se em perspectiva o Mito da Democracia Racial, o qual em nada contribui para o movimento antirracista por ignorar os problemas e, por conseguinte, os impede de serem resolvidos, sendo impossível solucionar uma problemática de pretensa inexistência. Tal mito, difundido no Brasil pelo mesmo não haver políticas racistas tão extremistas quanto nações como os Estados Unidos, prejudica as reflexões de raça e submetem conceitos semelhantes à violência simbólica à obscuridade e, logo, por causa da normalização destes atos em meio à população majoritariamente apedeuta ao assunto, os crimes de ódio não são percebidos nem tratados como tal.

Ademais, outro fator contribuinte para a hostilidade policial perante particulares negros é a rara punição para com os agressores. No romance adolescente americano “O Ódio que Você Semeia”, a protagonista testemunha seu amigo, um homem afro-americano, ser morto a tiros por um funcionário da lei. Tanto no livro quanto na realidade, a justiça falha em honrar as vítimas de injúrias e assassinatos, apontado que, em ambos, os policiais culpados são, no máximo, suspendidos, em vez de presos e demitidos. Ainda que o sujeito de cor em questão seja, de facto, um transgressor, a legislação brasileira não tolera que profissionais da polícia militar e civil usufruam de sua posição de poder para violentá-lo ou matá-lo. A falta de penalidades mais severas é, pois, um colaborador para a pertinência da violência policial.

Destarte, são urgentes providências efetivas às tais violações dos direitos humanos. O Supremo Tribunal Federal deve prorrogar atos que abrandem quaisquer ações de cunho preconceituoso e discriminatório, com princípio na aplicação de castigos legais mais rigorosos a crimes hediondos, desde opugnações a homicídios de homens, mulheres e jovens negros, garantindo que os atores destes sejam afastados permanentemente de seus cargos e sentenciados à cadeia. Além disso, a conscientização sobre o racismo e suas consequências deve ser inserida nos diálogos do povo. Graças às soluções propostas, mais nenhum cidadão preocupar-se-á em ser privado de sua vida em razão da sua cor de pele.

Agradeço desde já pela correção! ;)