Corrijo de volta ♡ Dificuldades enfrentadas para a doação de órgãos no Brasil

O mito da caverna, de Platão, descreve a situação de pessoas que recusavam a observar a verdade em virtude do medo de sair da sua zona de conforto. Fora da alusão, a realidade brasileira caracteriza-se com a mesma problemática no que diz respeito às dificuldades enfrentadas para a doação de órgãos no Brasil. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um grave problema de contornos específicos, em virtude da falta de debate e da lenta mentalidade social ainda presente no cotidiano brasiliense.
Em primeira análise, a falta de debate mostra-se como um dos desafios à resolução do problema. O filósofo Foucalt defende que, na sociedade pós-moderna, alguns temas são silênciados para que as estruturas de poder sejam mantidas. Nesse sentido, percebe-se uma lacuna no que se refere ao debate em torno da problemática, que tem sido silênciada, visto que, de acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, apenas 1800 pacientes de 6000 se tornaram doadores, mostrando que a falta de conversação séria sobre a problemática ainda persiste e necessita ser erradicada.
Em segunda análise, a lenta mentalidade social apresenta-se como outro fator que influencia na dificuldade de efetivação do contexto. Conforme Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar. Sob essa lógica, é possível perceber que a questão das dificuldades enfrentadas para a doação de órgãos no Brasil é fortemente influenciada pelo pensamento coletivo, uma vez que, pensamentos enrraizados como, tráfico de órgãos e receio de laudos médicos são presentes no Brasil, o que torna sua resolução ainda mais complexa.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Logo, é mister que o MEC em parceria com o Governo do Estado, proporcionem a criação de oficinas educativas em escolas públicas e privadas desenvolvidos em semanais culturais dos colégios. Tais eventos podem ser organizados por meio de atividades práticas, como dramatizações, dinâmicas e jogos, de modo a proporcionar a visualização do assunto, além de palestras de sociólogos e profissionais da saúde que orientem as dificuldades enfrentadas para a doação de órgãos no Brasil para jovens e suas famílias, a fim de efetivar a elucidação da população sobre a temática.