A Constituição Federal de 1988 trouxe mudanças, e entre elas está o direito de acesso à educação, sendo dever do Estado e da família promover que este seja executado. No entanto, segundo dados do IBGE de 2018, quase quatro em cada dez brasileiros de 19 anos não concluíram o ensino médio. Nesse contexto, o jornalista Gilberto Dimenstein defendeu em sua obra “O Cidadão de Papel” a existência de uma cidadania também de papel, em que os direitos estão presentes nas folhas da constituição, mas não existem na prática. E é nessa circunstância, ao ver que muitos alunos deixam a escola, que percebe-se que a Educação não está sendo executada efetivamente.
A princípio, nota-se que uma das principais razões da evasão escolar é a necessidade do jovem em auxiliar na renda da família, precisando então abandonar a escola para se inserir no mercado de trabalho. De acordo com estudos realizados a partir de dados fornecidos pelo MEC, os jovens de baixa renda, majoritariamente negros, são grupos com alta probabilidade de abandonarem os estudos. Consequentemente, sem formação educacional, estes adolescentes estão sujeitos a adquirirem trabalhos precários, que não exigem qualificação.
Por outro lado, no caso das meninas, o afastamento do ambiente escolar é fruto de uma gravidez precoce. O mesmo estudo aponta que de 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos, 610 são mulheres. Do total, 212 mil já tinham filhos. Esse fator é o que torna mais difícil para a adolescente retomar seus estudos, pois nem sempre outra pessoa pode olhar a criança enquanto a jovem vai à escola.
Portanto, para que a evasão escolar seja solucionada no Brasil, é fundamental que o Governo Federal auxilie os jovens na aquisição de um emprego de meio período. Isso pode ser feito através da criação de mais instituições de aprendizagem — que fornecem oportunidades ao inserirem adolescentes no mercado de trabalho. Dessa forma, os estudantes que precisam trabalhar não abandonarão os estudos e a educação sairá do papel.
kayky
Bom, primeiramente parabéns sua redação ta muito boa!
Curti a introdução, você conseguiu expressar sua tese de forma clara e objetiva, mas o parágrafo ficou muito grande. A dica seria deixar de falar sobre os dados do IBGE, pois você poderia falar sobre isso no desenvolvimento que é um local mais apto para isso, já que a introdução é a carta de entrada do seu texto, e ninguém quer dados de uma pesquisa logo de cara. Porém de resto ficou muito boa, só precisava mexer nisso pra n ter um parágrafo muito grande e um texto com uma cara um pouco chata.
Bom, é isso. Parabéns novamente!