Como reduzir a produção e o descarte ilegal de lixo no Brasil?

Lixo em crise: o (des)consumo.

Produzido em 2008, a animação da Pixar, Wall-E, traz à tona problemas atuais, em uma crítica severa aos meios de produção e o seu descarte de resíduos irresponsável. Da mesma forma que é demonstrado no filme, o Brasil sofre com um inconsequente plano de ação contra o alto número de lixo gerado pela população e indústrias. Descuido que gera problemas sócio-ambientais como proliferação de doenças, enchentes e precarização de áreas menos favorecidas.

Tendo em vista esses aspectos, há de se considerar que o aumento do lixo é decorrente do consumo exacerbado e imprudente, sem conscientização da população. Produzindo lixo do mesmo modo que um país desenvolvido, seguindo um modelo de vida incoerente às condições brasileiras. Assim, com a falta de descarte adequado, o Brasil não aproveita o que os materiais têm a oferecer através da reciclagem e reutilização.

Além disso, de acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aproximadamente 41% do lixo é descartado a céu aberto, indo contra a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esse despojo inadequado acaba gerando a contaminação do solo e lençol freático, inseminando-o com chorume, resultando também na propagação de animais que são intermediários das doenças que esse líquido pode transmitir. 

Em suma, é necessário que o Ministério do Meio Ambiente em conjunto com as prefeituras municipais busquem um meio para coleta sustentável, evitando a recorrência para meios ilegais, como o refugo em ambientes abertos. Além disso, é preciso que desde o ensino infantil haja incentivos às práticas de sustentabilidade, para que a ideia dos “3 R ‘s” sejam disseminadas, reduzindo o consumo excessivo, reciclando e reutilizando os resíduos necessários.