No livro “Quarto de despejo”, a escritora Carolina Maria de Jesus descreve seu dia a dia como catadora de papel nas avenidas do município de São Paulo. A narradora, residente da já extinta Favela do Canindé, enfatiza a vasta quantidade de resíduos e alimentos descartados pelos cidadãos paulistanos enquanto luta contra seu maior inimigo: a fome. Comum à literatura, o descarte inadequado do lixo e sua crescente produção ainda são problemas evidentes no Brasil, tendo como força motriz a carência de projetos estatais eficientes e a manutenção de hábitos de consumo inadequados.
Em primeiro lugar, nota-se a negligência do poder público como um dos agentes principais na persistência de práticas incorretas de despejo de lixo. Segundo o artigo 225 da Constituição Federal, um meio ambiente preservado é um direito de todos e de responsabilidade do Estado e da sociedade. Contudo, apesar do que é afirmado no código de direitos e deveres promulgado em 1988, a paisagem natural do país continua sendo gravemente afetada pela falta de políticas públicas que assegurem o descarte correto do lixo e induzam a separação deste e, consequentemente, sua reciclagem. Assim, sem a ação das autoridades governamentais, a problemática persiste.
Outrossim, os hábitos de consumo da população brasileira também contribuem para permanência do atual cenário. Nesse contexto, faz-se necessário referenciar a obra “Sociedade do risco” do sociólogo Ulrich Becker, que aponta a massa cidadã como centro das origens e consequências da degradação ambiental. Atualmente, as práticas de compra dos brasileiros se mostram interligadas ao aumento da produção de resíduos e seu descarte incorreto, especialmente em virtude da difusão da ideologia dos “fast’s” – fast food, fast fashion -, concepções que pregam um consumo rápido, mas com resultados alarmantes e de longas décadas, como destacado pelo estudioso polonês.
Portanto, frente ao impasse exposto, é mister que medidas sejam efetivadas, visando a sua mitigação. Inicialmente, os governos municipais, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, deverão, a partir de verbas públicas, organizar projetos de coleta seletiva, com veículos que recolham periodicamente os resíduos recicláveis, a fim de propiciar a reutilização de artigos, minimizando o descarte inadequado e a grande massa de lixo no país. Ademais, o Ministério da Educação deverá distribuir cartilhas à população, com informações a respeito de práticas de compra consciente e de doação de vestimentas e outros itens, com o intuito de introduzir hábitos de consumo saudável, reduzindo a produção de lixo. Assim, por meio da cooperação popular e estatal, o cenário no país poderá se tornar divergente da realidade descrita por Carolina Maria de Jesus.
Keziasouza89
Olá, Fasilva!
É possível afirmar que você compreendeu bem como funciona um texto dissertativo- argumentativo. Sua tese, o argumento 1 e 2 e a proposta de intervencão social foi estratégica de modo você conseguiu adequar-se nas competências exigidas pelo enem na redação. Além disso, pela breve leitura do seu texto não percebi quaisquer desvios gramaticais graves. Gostei muito de como conduziu sua redação.
Nota:
C1- 200
C2- 200
C3- 200
C4- 200
C5- 200
Nota: 1000
AllanSotero005
olha, rigidamente, seria 960 por ter mais de 2 erros de C1, mas são erros extremamente sutis. Então, pode ser q um dos 2 corretores não perceba e você tire 980 ou existe a possibilidade de ninguém perceber e você tirar mil
Erros de paralelismos-não obrigatórios, mas que são bons de serem feitos- por preposição:
a vasta quantidade de resíduos e DE alimentos
como centro das origens e DAS consequências
doação de vestimentas e DE outros itens
Erros de paralelismos-obrigatórios pela cartilha do ENEM- por artigo:
o descarte inadequado do lixo e A sua crescente produção
induzam a separação deste e, consequentemente, A sua reciclagem
interligadas ao aumento da produção de resíduos e AO seu descarte incorreto
Fora isso: INCRÍIIIIIIIIVEL!!!!!!!
https://www.normaculta.com.br/paralelismo-sintatico/#:~:text=Paralelismo%20sint%C3%A1tico%20%C3%A9%20uma%20sequ%C3%AAncia,objetividade%20e%20precis%C3%A3o%20ao%20discurso.
Lulang
No livro “Quarto de despejo”, a escritora Carolina Maria de Jesus descreve seu dia a dia como catadora de papel nas avenidas do município de São Paulo. A narradora, residente da extinta Favela do Canindé, enfatiza a vasta quantidade de resíduos e alimentos descartados pelos cidadãos paulistanos enquanto luta contra seu maior inimigo: a fome. Comum à literatura, o descarte inadequado do lixo e sua crescente produção ainda são problemas evidentes no Brasil, tendo como força motriz a carência de projetos estatais eficientes e a manutenção de hábitos de consumo inadequados.
Em primeiro lugar, nota-se a negligência do poder público como um dos agentes principais na persistência de práticas incorretas de despejo de lixo. Segundo o artigo 225 da Constituição Federal, um meio ambiente preservado é um direito de todos e de responsabilidade do Estado e da sociedade. Contudo, apesar do que é afirmado no código de direitos e deveres promulgado em 1988, a paisagem natural do país continua sendo gravemente afetada pela falta de políticas públicas que assegurem o descarte correto do lixo e induzam a separação deste e, consequentemente, sua reciclagem. Assim, sem a ação das autoridades governamentais, a problemática persiste.
Portanto, frente ao impasse exposto, é mister que medidas sejam efetivadas, visando a sua mitigação. Inicialmente, os governos municipais, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, deverão, a partir de verbas públicas, organizar projetos de coleta seletiva, com veículos que recolham periodicamente os resíduos recicláveis, a fim de propiciar a reutilização de artigos, minimizando o descarte inadequado e a grande massa de lixo no país. Ademais, o Ministério da Educação deverá distribuir cartilhas à população, com informações a respeito de práticas de compra consciente e de doação de vestimentas e outros itens, com o intuito de introduzir hábitos de consumo saudável, reduzindo a produção de lixo. Assim, por meio da cooperação popular e estatal, o cenário no país poderá se tornar divergente da realidade descrita por Carolina Maria de Jesus.