Combate ao comércio ilegal de animais silvestres

A vasta natureza brasileira, exaltada desde o século XVI na carta de Pero Vaz de Caminha, continua sendo um dos maiores patrimônios nacionais, mas também o maior alvo de contrabando. A baixa rigorosidade das leis contra crimes ambientais e a falta de conscientização por parte da sociedade fazem com que tais atos persistam e ameacem a existência das espécies silvestres brasileiras.
Em primeira análise, a pena prevista em lei é de detenção de 6 meses à 1 ano e multa. Porém é nítido que dificilmente um traficante de animais vá preso, pode-se citar como exemplo o estudante de medicina veterinária que mantinha uma cobra Naja -não nativa da fauna brasileira- em sua residência e foi atacado pela mesma. O jovem apenas pagou uma multa. Assim, observa-se a falta de rigorosidade das leis diante dessa problemática.
Em segunda análise, outra colossal adversidade é a falta de conscientização da sociedade, haja vista que segundo o site “Canal Ciências Criminal”, o tráfico de animais é muito praticado por pessoas que que não têm acesso à educação ambiental. Outras vezes, o indivíduo tem noção da prática ilegal, mas não compreende o problema que traz, visto que não é de hoje a ideia de ter esses animais em casa, considerando-se que no século XVI, os portugueses encantados com a fauna brasileira, passaram na levar algumas especies para a Europa.
Portanto, diante dos fatos apresentados é leviano negar que o comércio ilegal de animais precisa ser combatido de forma urgente. Sendo necessário leis mais rigorosas vindo do Ministério do Meio Ambiente e uma melhor fiscalização dos agentes de controle ambiental fazendo-de cumprir o artigo da Constituição de 1988 onde diz que é responsabilidade do poder público proteger a fauna. Além disso, é necessário campanhas públicas, como palestras municipais para que haja mais informação e conscientização ambiental na sociedade. Somente com a participação de todos o tráfico da vida selvagem será algo do passado.