A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6°, o direito a segurança como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa o combate à violência policial no século XXI, dificultando, desse modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater a violência de autoridades policiais perante a nação. Nesse sentido, tal desfavorabilidade culmina-se numa série de fatores que impedem a sensibilização social, permeando-as no corpo civil, de modo que se caracterize como um retrocesso. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como a segurança, o que infelizmente é evidente no Brasil.
Ademais, convém evidenciar que o silenciamento social apresenta-se como outro fator que contribui para a permanência da sobreposição da figura policial sobre outrem. Nessa perspectiva, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro traz uma contribuição relevante ao defender que, para pensar soluções para uma realidade, é necessário tirá-las da invisibilidade. Por essa ótica, posto que esse problema carece de atenção pela fragilidade moral e precária garantia de segurança, as pessoas acabam por não as notar – vistos que não se há discussões que frisem as consequências desencadeadas no corpo social pela comumente prática policial, assim como, os prejuízos emocionais e intelectuais do público-alvo – e por não haver a sensibilização com essa situação, fazem com que esse impasse persista.
Por conseguinte, torna-se indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar a resolução da mazela descrita. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação e Justiça, em uma ação conjunta aos Governos Estaduais, a elaboração de emendas constitucionais que regem penas mais severas para os atuantes de tal delito, além de espaços públicos que reeduquem esses indivíduos. Por meio de direcionamento de verbas, esses espaços devem conter profissionais capacitados para o atendimento psicológico dos policiais, a fim de formar uma rede de apoio e suporte, e assim, terem condições dignas de sair dessa situação. Com a finalidade de romper com o silêncio, campanhas de divulgações dever ser impostas para reduzir os fatídicos casos violentos contra a população civil. Assim, tornar-se-á possível a construção de uma sociedade permeada pela efetivação dos elementos elencados na Magna Carta.
leticia_mfuriniIniciante
COMBATE A VIOLÊNCIA POLICIAL NO SÉCULO XXI
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HelenaMS
INTRODUÇÃO
– Excelente Introdução! Sua tese ficou muito boa, porém acredito que seria interessante se você antecipasse ao final da introdução os dois argumentos a serem abordados nos parágrafos seguintes. Essa é apenas uma sugestão, pois seu parágrafo introdutório ficou ótimo.
– ” a segurança” o correto seria ” à segurança” com crase.
D1
– Ótimo repertório! Entretanto, um dos erros que por coincidência nós duas cometemos kk é terminar o parágrafo de desenvolvimento com a opinião do autor da citação. Procure na última linha de seu parágrafo expressar a sua opinião, ou seja, desdobre mais a argumentação. Eu particularmente já cometi várias vezes esse deslize, mas com a prática tenho melhorado.
D2
– “as notar” ausência de crase, o correto seria ” às notar”
– O último período ficou grande demais. Isso prejudicou a compreensão e a fluidez do desenrolar das ideias. Mas, o desfecho foi mais adequado do que o do parágrafo anterior.
– Queísmo (uso excessivo do pronome relativo “que”). Há sete “que” no seu parágrafo. Eu particularmente já perdi pontos por isso.
CONCLUSÃO
– Você atingiu os 5 elementos exigidos pelo Enem, No entanto, houve alguns deslizes gramaticais.
– “Para tanto, cabe ao Ministério da Educação e Justiça, em uma ação conjunta aos Governos Estaduais, a elaboração de emendas…” Acredito que o correto seria “elaborar emendas…”.
– “de direcionamento de verbas” o correto seria “do”
– ” Com a finalidade de romper com o silêncio, campanhas de divulgações dever “. Primeiramente, faltou um conectivo no início, como por exemplo, “Além disso”. Ademais, o correto seria “divulgação devem”.
Bem, achei seu texto muito bom. Embora tenha alguns desvios gramaticais, nada que a prática não resolva. Ademais, o repertório sociocultural usado foi excelente. Um ponto que merece ser mencionado refere-se a estrutura dos seus parágrafos de desenvolvimento, uma vez que no primeiro, principalmente, o encerramento das ideias ficou apenas no ponto de vista do filósofo, você não desenvolveu o desfecho do parágrafo a partir do seu ponto de vista. Já no caso do segundo parágrafo (D2), o último período ficou longo demais, busque utilizar frases mais curtas e diretas. Por fim, quero dizer que não sou nenhuma especialista e, portanto, tentei corrigir sua redação da forma mais justa possível com base no conhecimento que adquiri até hoje. Bons estudos!
Sua nota ficaria entre 840 e 880 (representativa)