“Green Book”, um clássico do cinema norte-americano, retrata a trajetória de Don Shirley, um pianista afro descendente que enfrenta o racismo em uma era de segregação racial nos Estados Unidos. Fora da ficção, a realidade apresentada no filme pode ser observada no Brasil hodierno, haja vista que o preconceito racial é presente na sociedade. Por consequência disso, observa-se o desrespeito às leis e o alto índice de assassinatos. Nesse contexto, torna-se proeminente discussões a fim de amenizar o impasse.
É relevante abordar, primeiramente, que a Declaração Universal dos Direitos Humanos constata como crime qualquer intolerância de raça. Entretanto, os negros ainda lutam por direitos básicos. Prova cabal disso, seria que a população de pele escura é a principal vítima de homicídio no Brasil – com 2,7 vezes mais chances de sofrer assassinato que os brancos, segundo o IBGE. Nesse sentido, observa-se que a grande parcela de afrodescendentes morrendo – evidenciado no livro “Quarto do despejo”, de Carolina Maria de Jesus, é uma consequência da negligência legislativa.
Paralelo a isso, vale também ressaltar que outro fator sobrestante à persistência desse crime de ódio na sociedade brasileira, é a raiz histórica. No período colonial, os europeus acreditavam no eurocentrismo, o qual defendia que a raça branca era superior às demais. Em consequência disso, até mesmo no século XXI, há indivíduos que ainda carregam esse preconceito inveterado. Dessarte, é incoerente pensar em como um país tão miscigenado tem intolerâncias raciais tão alarmantes.
Dessa forma, pode-se perceber que o debate acerca dos caminhos para combater o racismo no Brasil é imprescindível para a construção de uma sociedade mais igualitária. Portanto, a fim de zelar a integridade física dos negros, e mitigar o número de homicídios deste grupo, cabe ao poder legislativo levantar uma Proposta de Emenda Constitucional que busque ainda mais a valorização e proteção dos afrodescendentes e outras etnias. De acordo com Kant, o ser humano é tudo aquilo que a educação faz dele. Assim sendo, cabe às instituições de ensino realizarem palestras conscientizadoras em sinergia com indivíduos de diferentes raças, a fim de mostrar ao aluno que as diversidades precisam ser respeitadas, e assim, mitigando a hostilidade histórica. Com tais implementações, a realidade apresentada em “Green Book” deixará de pertencer gradativamente à sociedade contemporânea.
Katley
Bom dia, irei corrigir sua redação, a fim de aprendermos juntas e partilharmos nossos conhecimentos!
Seu texto apresentou ótimas citações, que tinham tudo a ver com o tema proposto, também apresentou um bom domínico da norma culta.
Não utilize sentido figurado: “há indivíduos que ainda carregam”, substitua por: “há indivíduos que ainda possuem).
Qual é a realidade? Não ficou bem explicado: ” Com tais implementações, a realidade apresentada em “Green Book” deixará de pertencer gradativamente à sociedade contemporânea.”
Na sua proposta de intervenção você sugeriu a criação de novas leis, mas o racismo não se dá pela falta de leis, mas pela falta do cumprimento delas, e da dívida histórica que o Estado possuí com estes.
Rafael Dias
Sua redação está bem coesa e coerente com o tema, faltou detalhar mais sobre o filme a conexão dele com a intervenção por sinal foi uma sacada muito boa e só atente-se a números de linhas não sei se caberia em texto escrito de 30 linhas a não ser que sua letra seja muito pequena, no mais excelente texto !
Annynha_2760
Olá, o tema escolhido é muito bom, as estatísticas apresenta deram um melhor resultado ao texto.
Porém, conectivos linguísticos poderiam ter sido melhor utilizados .
O filme mencionado na introdução poderia ser abordado um pouco mais.
A estrutura da redação, em cada parágrafo, está ótima.
Parabéns.