Caminhos para combater o machismo no mercado de trabalho brasileiro

No livro, Profissões para mulheres, a autora Virgínia Woolf critica a visão tradicional da mulher como submissa ao homem e expõe as dificuldades da inserção feminina no mundo profissional, a obra publicada em 1931 se faz atual, e o machismo permanece enraizado no mercado de trabalho. No Brasil, a inferioridade feminina imposta pela sociedade tem como causa a conformidade pelo corpo social, levando à desigualdade salarial descomedida.
Deve-se pontuar de início, que a insatisfação deve ser o primeiro passo a ser tomado para resolver a questão do machismo no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com escritora Ngozi, “se vemos uma coisa várias vezes, ela se torna normal. Se repetimos uma coisa várias vezes, ela se torna normal”. Desse modo, seguindo o pensamento da feminista Ngozi, a sociedade deve agir contra o machismo de maneira direta, formando cidadãos que lutem pela igualdade de gênero, possibilitando às mulheres as mesmas oportunidades intelectuais que os homens.
Ademais, é imperativo ressaltar que o machismo presente no mercado de trabalho brasileiro dispõe, como principal consequência, a descomunal desigualdade entre os salários de homens e mulheres, a empresa Catho, realizou uma pesquisa em 2017 que mostra que as mulheres recebem menos em todos os cargos. Logo, o corpo social precisa exterminar a imagem de inferioridade imposta sobre às mulheres, e lutar por direitos de salários justos e igualitários.
Infere-se, portanto, que combater o machismo no mercado de trabalho é um grande desafio no Brasil. Para tanto, a sociedade, como conjunto de indivíduos que compartilham valores culturais e sociais, deve atuar combatendo o machismo no cotidiano. Palestras, e protestos, também são viáveis. Além disso, o Poder Legislativo deve aplicar medidas de caráter punitivo às empresas que aderirem a salários mais altos aos homens que estiverem no mesmo cargo e com a mesma carga horária que as mulheres. A fim de um país com igualdade de gêneros em ambiente trabalhista. Desse modo, o Brasil superaria a problemática.