Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

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De acordo com o Artigo 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.” No entanto, transcendendo essa frase para o cenário atual brasileiro, é possível perceber que esses direitos são afetados, uma vez que a intolerância religiosa se mostra um problema social e histórico que alarga nossa linha do tempo. Diante disso, algumas medidas são necessárias para solucionar a questão, a qual tem como causas a herança histórica e a mentalidade social.

 

Em primeiro plano, a sociedade tem papel determinante na permanência da intolerância religiosa no Brasil. Nesse contexto, o sociólogo Zygmunt Bauman, em seu livro “Cegueira Moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida”, elucida acerca de como as pessoas comportam-se de modo indiferente em relação ao outro. De maneira análoga, na realidade nacional, essa tese pode ser exemplificada com a ignorância de conhecimento da sociedade sobre religiões diversas e o preconceito com pessoas de diferentes religiões. Desse modo, como consequência da apatia coletiva diante da problemática, o impasse perdura no país.

 

Ademais, os fatores históricos atuam como agravantes da intolerância religiosa. Nesse contexto, menciona-se o Período Colonial no Brasil, quando os jesuítas foram enviados ao Brasil pela Coroa portuguesa, com o objetivo de catequizar e introduzir a religião católica aos indígenas, desrespeitando a alteridade dos povos nativos brasileiros. Sob essa óptica, tal momento da história reverberou para a atualidade, haja vista que o preconceito e o pensamento de que outras religiões são consideradas inferiores ainda permanece vivo em nossa sociedade. Assim sendo, constata-se como as raízes da formação social do país interferem na atualidade.

 

Portanto, é preciso soluções para reverter a questão da intolerância religiosa. Para tanto, cabe à escola o papel de pregar a tolerância por meio de palestras e campanhas com intuito de quebrar estereótipos ignorantes. Além disso, a mídia deve promover programas por intermédio de redes sociais, rádios e televisão, a fim de tomar consciência de diferentes religiões existentes no Brasil e informar meios de denúncia de casos de intolerância religiosa. Por fim, com essas medidas, busca-se uma sociedade a qual assemelha-se à da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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2 Correções

  1. Demonstrou fluência em ralação ao tema e um ótimo domínio em torno dos repertórios sócioculturais. Eu aconselho um melhor detalhamento na proposta de intervenção , uma melhora no fechamento da conclusão e uma revisão na estrutura fonética. Você usou excelentes repertórios, mas seria interessante que você variasse mais seus repertórios ,dessa meneira seu texto ficará diverso e coeso. Parabéns pelo o seu ótimo empenho!!!

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  2. Gostei muito do seu texto, as citações demonstram um domínio sob o assunto e conhecimento de mundo amplo. Deixo como dica apenas o uso de sinônimos pro termo “intolerância religiosa” que se repete muitas vezes ao longo texto. Poderia usar sinônimos como preconceito, atitudes antiéticas e por aí vai, citando pronomes retomando o termo que já foi dito. Gostei muito também do uso da alusão histórica como parte da construção da ideia abordada.

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