Bullying: uma nova violência a ser combatida

Tema: Bullying e Cyberbullying, o mal social atual

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, não são as crises que mudam o mundo, mas sim as reações a elas. Sob tal ótica, diante das práticas de Bullying que vêm a ocorrer hodiernamente, é notório que o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora interesses individuais por parte das praticantes e, como efeito, emerge acontecimentos desta atividade nos mais diversos meios e locais. Logo, faz-se imperiosa a implementação de ações com o objetivo de incentivar reações positivas defronte à problemática.

Em primeiro plano, é axiomático como pensamentos relacionados à promoção da própria diversão em razão da degradação da imagem de outros contribui para a perenização dessa quadro deletério. Consoante às ideologias de Montesquieu, filósofo, algo que não faz bem à colmeia também não fará bem à abelha. Destarte, é possível inferir que o violentador ao passo que incentiva tal ato em sua própria sociedade, termo analogamente alusivo à colmeia citada por Montesquieu, posteriormente poderá ser vítima da mesma prática.

Torna-se irrefutável, em segundo lugar, a íntima relação dos ataques nas redes, Cyberbullying, e nas mais diversas esferas da sociedade com a causa supracitada. Conforme à Organização das Nações Unidas, um a cada três brasileiros já sofreram Bullying, ora pelas mídias sociais, ora no trabalho e escola. À luz dessa perspectiva, é inaceitável que 30% da população sofra com tal violência, de forma a evidenciar que um panorama isento de tais práticas ainda não é uma realidade brasileira. Assim, é fulcral a adição de ações que visem mitigar esse imbróglio.

Depreende-se, portanto, que há a premência de medidas com o fito de liquidar esse impasse. Para isso, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, por intermédio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, adicionar a disciplina de Educação Emocional, a qual visará lecionar a importância da empatia, habilidade de se colocar no lugar do próximo, desenvolvendo cidadãos mais cooperantes a um ambiente harmonioso na sociedade. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.