Batalha em sala de aula

De acordo com o Iluminismo, uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, os cidadãos brasileiros poucos fazem para combater a violência contra o professor nas escolas, sendo comprovado pelos constantes casos de agressão, falta de profissionais especializados em violência estudantil e estilo de ensino arcaico.

Pode-se inferir que 42% dos alunos da rede pública já passaram por alguma situação de agressão verbal ou não verbal, de acordo com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em parceria com o Ministério da Educação. Sendo pela falta de estrutura, com salas de aula quentes, sem iluminação e superlotadas, ou pela dificuldade que as instituições têm de se adequar à realidade e às necessidades dos alunos, tornando-as desinteressante.

Além disso, há um ditado popular que diz que o filho é o reflexo do pai. Portanto, se a criança age de forma agressiva no âmbito escolar, são grandes as chances dela estar apenas reproduzindo as agressões que sofre em casa. A falta de preparo dessas escolas para lidar com essas situações pode agravar os casos de desrespeito escolar e, de certa forma, colaborar com o abuso familiar mesmo que involuntariamente.

Desse modo, para amenizar esse quadro de violência nas escolas, cabe ao Ministério da Educação criar programas de combate à violência de forma didática e educativa aos jovens e enviar às escolas, além de investir em profissionais capacitados para lidar com as situações de agressão de forma correta e que, nos casos mais graves, tenha apoio do Conselho Tutelar para averiguar como é a relação do estudante em casa e o Governo destinar verbas para a atualização dos espaços de educação. Por conseguinte, o Brasil sairá do topo do ranking de violência estudantil e estará mais perto dos preceitos iluministas.