Assédio moral no trabalho

Na novela “Cheias de charme”, retrata a história de Cida, Penha e Rosário,  que trabalhavam de empregada doméstica em uma casa, na qual eram criticadas constantemente e ficavam sobrecarregadas propositalmente, para logo em seguida serem coagidas. Apesar de ser uma ficção, hodiernamente é o cenário de muitos empregados, uma vez que passam por essa ameaça a sua integridade física, ou seja, aumentando casos de depressão que surgem por conta desse imbróglio. Dessa maneira, é necessária análise concreta da problemática, com ênfase na ausência de educação social emocional e na negligência do estado, que trazem contornos específicos ao mal-estar da sociedade.
Sob esse viés, urge citar a ausência de uma educação social emocional, como promotora desse problema. Segundo Pitágoras, ” Educai as crianças para que não seja preciso castigar os homens”. Seguindo essa linha de raciocínio, essa falta de educação social e emocional,  faz com que a pessoa futuramente não possua autonomia para denunciar o assédio, não conseguindo se impor no relacionamento de seu emprego. Partindo desse pressuposto, percebe-se que esse desprovimento causa um aumento nos abusos morais, visto que muitos não sabe como reagir a estas situações, muita das vezes optando por ficar calado, e desenvolvendo doenças mentais, como depressão e ansiedade. Destarte, tudo isso retardada a resolução desse empecilho, já que esse aprendizado , não é abordado, causando um aumento neste impasse.
Ademais, pode-se citar a negligência governamental como promotor desse óbice. De acordo com o Instituto de Pesquisa do Risco Comportamental , cerca de 84% dos brasileiros, sofrem assédio moral  em seu ambiente de trabalho. Este panorama advém da negligência governamental, de tal modo que, o Estado não age de forma ativa, isto é, não cria leis mais severas, e também não realiza políticas de conscientização e capacitação de profissionais, na qual trariam um processo de implementação e controle de abusos dentro das empresas. Desse modo, faz-se necessária a reformulação dessa postura estatal urgente.
Em vista disso, percebe-se que medidas devem ser tomadas para mudar esse quadro, já que podem resultar no aumento de doenças mentais. Para combater esses empecilhos, o Poder Legislativo, deve reformular as leis trabalhistas, isto é, criar leis mais severas, como o pagamento de tratamento psicológico a vítima, com intuito  de que casos como esses diminuam  consideravelmente. Assim, o país entrará em progresso, e a realidade vista em Cheias de charme ficará restrita á ficção.