As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição

O modelo atual de mídias sociais surgiu por volta de 1995 e tinha por objetivo oportunizar o reencontro de conhecidos e a criação e manutenção de grupos de contato. Conquanto, tal mudança nas formas de interatividade e informação tem gerado problemas sociais atuais, como a busca pela perfeição, motivada, por sua vez, pela influência que essas mídias sociais exercem na formação intelectual dos indivíduos. Dessa forma, medidas de prevenção a essa influência devem ser tomadas para evitar a busca por algo inalcançável: a perfeição.
Nos anos 1940, Theodor Adorno e Max Horkheimer, intelectuais da escola de Frankfurt, analisaram o conceito de indústria cultural que descrevia que uma produção em massa impulsionava um consumo em massa. Tal conceito se assemelha com a busca incansável pela perfeição, uma vez que os meios de produção, com o intuito de aumentar a venda, descrevem uma imagem física como a ideal e criam produtos que possivelmente ajudariam no alcance de tal imagem influenciando, por meio das mídias sociais, o consumo por parte dos indivíduos de seus próprios produtos, impulsionando a busca por produtos que os ajudarão a alcançar a tão sonhada perfeição.
Outrossim, as mídias sociais como sites, redes sociais e televisão, diariamente divulgam imagens idealistas de corpos descritos como os mais belos, totalmente malhados e sem defeitos, isto é, passam para a sociedade uma percepção ilusória do que parece ser perfeito. Destarte, a sociedade tem sua liberdade de escolha e seu livre arbítrio violados, já que não consegue desenvolver sua própria imagem por si só, sendo influenciada por mídias sociais a buscar o ideal, o perfeito, o aceitável, sendo precionada a alcançar a perfeição, que certamente não será alcançada, tendo como resultado problemas psicológicos como depressão e ansiedade.
Por conseguinte, é mister que medidas devem ser efetivadas para resolução da problemática. Portanto, o governo, como promotor do bem-estar social, deve monitorar a influência das mídias sobre a sociedade limitando tal influência, por meio de programas virtuais de monitoramento. Ademais, atividades lúdicas que visem a educação social dos alunos acerca da influência social e midiática podem ser realizadas nas escolas, tendo por finalidade conscientizá-los e impulsioná-los a não ceder a tal influência para que formem seu próprio senso crítico. Sendo assim, pode-se controlar a influência das mídias sobre a sociedade e desviar a mesma da busca por algo ilusório: a perfeição.