As mídias sociais como impulsionadoras da busca pela perfeição (dê uma nota, de acordo com os critérios do ENEM)

Em 1995 surge o modelo das novas mídias sociais, com o intuito de diminuir as barreiras físicas e proporcionar maior interação nas relações. No entanto, na prática, observa-se de forma antagonista a utilização das redes, como meio para promoção de estereótipos considerados perfeitos, e a busca pela aceitação. Sob esse aspecto, convém analisarmos as principais causas e possível medida para mitigar essa problemática em nossa sociedade.

Inicialmente, segundo Theodor Adorno e Max Horkheimer, sociólogos alemães da escola de Frankfurt, a indústria cultural é descrita como uma produção em massa impulsionada pelo consumo em massa, no qual as mídias vendem uma visão acerca do padrão de beleza aceitável para a sociedade, influenciando diretamente para que as pessoas passem a consumir determinado produto, com o intuito de alcançar os estereótipos impostos. Infelizmente, a banalização da beleza favorece a criação de uma sociedade massificada, que não aceita a diversificação.

Além disso, a busca pela aceitação é um fator preponderante para o aumento de casos de distúrbios alimentares e psicológicos. Segundo dados do jornal G1, o brasileiro gasta em média nove horas diárias nas redes sociais, que impõem pelo número de curtidas como os indivíduos devem se comportar. Infelizmente, aqueles que não se adequam ao que foi imposto, são excluídos do ambiente social, colaborando para desenvolvimento de distúrbios psicológicos por não se sentir pertencente a um grupo.  É inadmissível, que um país democrático não seja capaz de garantir o poder de escolha e o senso crítico dos indivíduos.

Cabe ao governo, portanto, juntamente com as instituições escolares investir em disciplinas com o intuito de desenvolver o senso crítico do aluno, por meio de atividades, palestras e discussões acerca da influência midiática e a padronização comportamental, espera-se com isso diminuir a massificação social e aumentar o poder de escolha do indivíduo. Logo, torna-se possível a queda das barreiras físicas e o aumento das interações sem influências comportamentais.