Analfabetismo funcional no Brasil (CORRIJO DE VOLTA)

A Constituição Federal de 1988 prevê a todos o direito à educação, que visa o desenvolvimento pessoal, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Sendo assim, o analfabetismo funcional excluí o cidadão de participar ativamente da sociedade e o deixa de fora das atividades essenciais, como o voto e o trabalho. Dentro desse contexto, há dois fatores que devem ser levados em consideração: a má qualidade do ensino público no brasil e o distanciamento do analfabeto funcional do direito à manifestação.
Primeiramente, a ineficácia da educação pública pode ser explicada pelo pacto da mediocridade, conceito criado por Darcy Ribeiro, antropólogo brasileiro, que se refere à situação em que o professor mal remunerado finque que ensina e o aluno finge que aprende. Desse modo, o desinteresse de ambas as partes da sala de aula precede o fato de tantos estudantes saírem da escola sem o saber. Assim, esse infeliz cenário está fortemente atrelado ao fato de que o Estado negligencia a escola pública e esquece que ela é um dos pilares da sociedade e sem ela não há desenvolvimento.
Outrossim, é indispensável salientar que o analfabeto funcional não terá capacidade de interpretar ideias e, assim, também não poderá manifestar as próprias, o que poderá, por exemplo, atrapalhar no momento de realizar o voto eleitoral, pois não saberá interpretar as ideias dos candidatos. Nessa perspectiva, prejudica-se, então, a participação do cidadão na sociedade, visto que é indubitável que esse indivíduo ficará à mercê de outros que são bem mais instruídos academicamente. Portanto, a sociedade acaba ficando próxima de governos opressores, como o regime Nazista durante a Segunda Guerra Mundial, que propagou ideias que não foram contestadas.
Diante do exposto, cabe ao Ministério da Educação, por meio de verbas governamentais, criar o projeto ”Quero Aprender” nas escolas públicas de ensino fundamental II e médio, elevar o salário dos professores e os usar no projeto para incentivar os alunos à buscar artigos científicos de baixa dificuldade e assim progredindo gradualmente. Dessa maneira, o programa terá o fito de habituar os alunos à adquirirem conhecimento e garantir educação para todos, como prevê a Constituição.