Negligência governamental e silenciamento midiático. Esses exemplos ilustram causas do analfabetismo funcional. Observa-se que essa evidente problemática não é enfrentada de modo efetivo, o que mostra a necessidade de remediá-la em prol da plena harmonia social.
Sob essa perspectiva, é válido destacar que a Constituição Federal de 1988 foi elaborada com o intuito de bem-estar social para todos os brasileiros, incluindo o direito à educação. Contudo, é notório que o poder público não cumpre o seu papel enquanto agente fornecedor de direitos mínimos, visto que o analfabetismo funcional está em evidência no Brasil. Faz-se mister, ainda, salientar que o problema não se caracteriza pela incapacidade de ler, mas sim pela ausência de entendimento mais crítico do que está sendo lido. Por exemplo, embora um indivíduo saiba fazer a leitura de placas, receitas culinárias e até mesmo comunicar-se por redes sociais ou mensagens de texto, se o mesmo não souber interpretar o que lê, como simples orações, o mesmo será um analfabeto funcional. Além disso, segundo o INAF, 38% dos estudantes de ensino superior não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, configurando um grave impasse na educação. Dito isso, é notório a necessidade de um ensino de base qualitativo e eficiente fornecido pelo governo, pondo em prática a lei supracitada e evitando a formação de cidadãos desprovidos de senso crítico.
Outrossim, segundo o filósofo Pierre Bourdieu, o que foi criado para ser instrumento democrático não deve ser convertido em mecanismo de opressão. Nesse viés, é evidente que a mídia, em vez de promover debates sobre os impactos causados pelo analfabetismo funcional, infelizmente, atua no silenciamento do assunto, dificultando o tema em questão, o que não só contribui com a falta de conhecimento da população sobre tal adversidade, tornando sua resolução mais dificultada, como também para que o problema continue atuando fortemente no cenário atual. Isso confirma o elucidado por Bourdieu, em que a mídia, de instrumento democrático, passa a ser de opressão.
Portanto, mesmo estando em evidência, o analfabetismo funcional não está sendo combatido de maneira eficaz. Logo, cabe ao ministério da educação, juntamente às plataformas de “streaming”- principais formadoras de opinião – a melhoria do ensino fundamental e a elaboração de campanhas informativas, através de verbas disponibilizadas pelo Governo Federal e propagandas, a fim de elucidar a população, eliminando assim, gradativamente, a negligência governamental e o silenciamento midiático.
raisscavalcantii
Olá, tudo bem? Gostei muito da sua redação. É notório o domínio do conteúdo apresentado, com boas argumentações e sem fuga ao tema. Aparentemente, o não recebimento da nota mil se dá apenas pelos perquenos erros de concordância. Continue exercitando, tenho certeza que o mil está próximo. ;)
ZURCj
Olá! parabéns pelo texto!
Na minha opinião, no primeiro parágrafo, senti a falta de uma apresentação do tema ou a citação de um repertório sociocultural para introduzir e/ou fazer uma analogia com alguma área do saber. No mais, você apontou as causas do problema e concluiu de forma clara.
Quanto ao segundo parágrafo ficou muito bom!!! só aconselho a retirar a palavra “notório”, que está na segunda linha, pois o que é notório na cabeça do autor pode não ser na do leitor…
Em relação ao terceiro parágrafo , aconselho a melhorar o tópico frasal e deixar claro logo de início que falará sobre o silenciamento midiático e usar a citação de Bourdieu para contextualizar o tópico frasal , posteriormente.
por fim, a conclusão ficou clara! parabéns!
Heloisam.studies
AVALIAÇÃO SEGUINDO AS COMPETÊNCIAS DO ENEM :
C1: 160 – ERROS NA ESTRUTURA SINTÁTICA, ERROS DE CONCORDÂNCIA VERBAL E ERROS DE PONTUAÇÃO
C2:200 – EXCELENTE
C3: 160- FALHA NO PROJETO DE TEXTO POR NÃO CONTEXTUALIZAR NA INTRODUÇÃO
C4: 200 – EXCELENTE
C5: 200 -BOM- MAS TENTE DEIXAR MAIS EXPLICÍTO OS ITENS!
TOTAL: 920
PARABÉNS!