Analfabetismo funcional

De acordo com o escritor Antonio Lobo Antunes, um povo que lê nunca será um povo escravo, ou seja, a leitura é um agente de emancipação e desenvolvimento da criticidade do indivíduo. Entretanto, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 38 milhões de brasileiros são analfabetos funcionais, portanto, embora consigam reconhecer letras e números, são incapazes de interpretar textos e realizar contas matemáticas. Dessa forma, seguindo a premissa, sem a alfabetização adequada esses brasileiros estão sujeitos a manipulação e se tornam escravos do próprio intelecto.

Uma pesquisa do Inaf (Indicar de Alfabetismo Funcional) realizado em 2016, indicou que 22% dos brasileiros que chegam à universidade são plenamente alfabetizados. Nessa conjuntura, é correto afirmar que alunos com analfabetismo funcional estão se formando professores, logo, uma retroalimentação de um círculo vicioso.

Outrossim, o Estado não cumpre seu papel de forma eficiente. Uma vez que para combater o analfabetismo é necessário formentar uma política educacional de longo prazo. De acordo com o economista britânico, Sir Arthur Lewis, “Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido.”, visto isso, é necessário investimento e mobilização do poder político.

Contudo, ações do Estado são imprescindíveis na superação do analfabetismo funcional. De modo que, cabe ao Ministério da Educação realizar a manutenção do ensino estagnado por meio de potencialização de programas existentes e cursos para professores e alunos a fim de suprir o letramento já lesado. Dessa maneira, nunca seremos um povo escravo.