analfabetismo digital

Na série “Violet Evergarden”, boa parte da população não sabe utilizar máquinas de escrever, ficando dependentes de mulheres denominadas “automatas de memórias”, para que estas escrevam cartas em tempos de pós-guerra. Fora da ficção, o âmbito tecnológico não é tão diferente, pois o acesso aos benefícios do mundo digital ainda são limitados. Tal problemática precisa ser sanada para que os brasileiros obtenham mais independência nesta nova era.

Em uma primeira análise, observa-se que os idosos e indivíduos de baixa renda são os mais afetados. Segundo o IBGE, quase 46 milhões de brasileiros não utilizam internet, sendo que metade destes, não faz uso dela por desconhecimento acerca da manipulação. Todavia, principalmente com a pandemia de coronavírus, a internet tornou-se essencial, sobretudo, por disponibilizar recursos vitais, como a administração de contas bancárias.

Ademais, quase sempre o desinteresse em educar o povo para adaptarem-se á tecnologia também é um fator determinante. Os jovens, por exemplo, navegam na internet com destreza, porém, habituados a um mundo de instantaneidade, não detém a paciência necessária para auxiliar os mais velhos. Assim sendo, é evidente a demanda por pessoas capacitadas, que disponham da instrução adequada, isto se deve ao fato de que, muitas vezes, apenas estas estão aptas a educa-las de forma a atender suas exigências.

Portanto, é evidente a carência de medidas que dissimulem a admissão ao mundo digital. Sob tal viés, o Ministério da Educação e da Tecnologia e Inovação devem desenvolver uma campanha onde as escolas terão papel fundamental. Estas irão desfrutar dos finais de semana e, dos utensílios já existentes nas mesmas, para ensinar comandos básicos como, realizar ligações, ligar e desligar o aparelho e acessar a internet.  Desta forma poderão demonstrar as vantagens das tecnologias e impedir que tais indivíduos fiquem dependentes de terceiros.