A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo.

Na obra “Utopia” do escrito inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, no que se observa na realidade contemporânea é o posto do que o autor prega, uma vez a violência na sociedade brasileira apresenta barreiras, as quais dificultam os planos de More. Esse cenário antagônico é fruto tanto da falta de investimento em educação pública de qualidade, quanto da defasagem do código penal brasileiro. Diante disso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.

Precipuamente, é fulcral pontuar que a violência deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que concebe a criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil devido a falta de atuação das autoridades, com a falta de investimento em educação sendo um agravante desse problema, cujo a falta de oportunidade devido ao péssimo ensino deixa o jovem sem oportunidades, restando-o o caminho do crime, que acaba perpetuando a violência. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa política urgente.

Ademais, é imperativo ressaltar a defasagem do código penal como outro promotor do problema. Segundo o monitor da violência do G1 no mês de agosto 469 casos a polícia identificou o suspeito, mas em apenas 215 houve a prisão. Partindo desse pressuposto, o código penal de 1940 é claramente antiquado para o Brasil do século XXI. Como consequência disso, a violência aumenta e a impunidade prevalece.

Portanto, medidas devem ser tomadas para conter o avanço dessa problemática na sociedade brasileira. Deste modo, com o intuito de mitigar o problema o Ministério da Educação deve investir em educação em tempo integral, e programas de capacitação de jovens através do investimento em cursos de qualificação profissional, afim-de proporcionar mais oportunidades. Desse modo atenua-se, em médio e longo prazo, o impacto nocivo da violência, e a coletividade alcançará a Utopia de More.