Iniciante

A resistência cultural da socidade brasileira à educação financeira

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As pessoas compram o que não precisam, com dinheiro que não tem, pagando caro somente para impressionar pessoas que não gostam delas ou não se importam. Esta paráfrase da afirmação de Maurício Hissa resume as consequências de decisões financeiras baseadas pouco ou nenhum planejamento, visivelmente desastrosas do ponto de vista econômico devido a tendência à descapitalização e suas terríveis consequências. Vemos que este fato se repete em nosso país pela falta de uma educação financeira eficaz, decorrente de dois motivos principais: a falta de materiais didáticos especialmente formatados para o uso em ambiente escolar e a disseminação da cultura denominada “ostentação” em nossa sociedade.

Em nosso país a Educação Financeira já está regulamentada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), determinando como seu objetivo desenvolver conhecimentos básicos de economia e finanças. Consequentemente esta já aparece como disciplina da parte flexível obrigatória no novo ensino médio, além de já fazer parte do portfolio de disciplinas das escolas integrais, civico-militares e outras de regime diferenciado, nesses casos se fazendo presente também no ensino fundamental. Mas, a despeito deste fato, ainda não há em nosso país um material didático validado e dedicado exclusivamente ao estudo da Educação Financeira na educação básica. Dentre os componentes curriculares clássicos podemos, por exemplo, encontrar diversos livros didáticos de Língua Portugesa, História ou Geografia, no entanto os materiais de Educação Financeira ainda são poucos e embrionários. Ocorre nos dias atuais que esta disciplina seja atribuída aos professores de Matemática, cuja formação acadêmica e livros didáticos utilizados contemplam apenas o estudo de aritmética contábil básica, desta forma criando um vácuo nos trabalho de Educação Fianceira, que ou são preenchidos com conteúdos de aritmética contábil básica ou ficam a mercê dos esforços do docente em compilar materiais didáticos apócrifos ao estudo da Educação Financeira.

Caixão não tem gaveta e dinheiro foi feito para gastar. Este é o pensamento em comum da cultura da ostentação, cujo objetivo está no uso do dinheiro para se usufruir dos prazeres materiais. Seria incompleto rotular as redes sociais e plataformas de vídeo da internet como responsáveis por influenciar esta cultura. Afinal, muito antes do surgimento da própria internet os brasileiros já estavam habituados a acompanhar suas novelas favoritas. Em todas elas há algo em comum: a riqueza e a felicidade dos personagens subsidiada pelos bens materiais e a própria riqueza. E como as pessoas queiram ser como seus heróis – os atores e atrizes da novela – é preciso ter o que eles têm. Mais: é preciso viver como eles vivem, comer o que eles comem, falar como eles falam. O preço é alto, mas isto não parece abalar a crença dos brasileiros em seus heróis. E é bem verdade que as redes sociais, subsidiadas por interesses do varejo, vieram a reforçar a cultura do luxo, da ostentação e do aproveitamento dos prazeres materiais. Eis um bônus: para ostentar, não é preciso estudar mas apenas gastar e mostrar. Enfim, nossa sociedade está imersa na cultura da ostentação por várias gerações. Reverter este fato exige um esforço de décadas cujo qual a maioria das pessoas não está disposta a fazer, possivelmente avaliando que as consequências de ficar sem dinheiro são uma possibilidade, mas a satisfação trazida pelas realizações materiais imediatos é uma certeza.

Diante destes problemas estruturais e culturais que criam fortes resistências à busca pela instrução financeira, pode-se conjecturar que reverter este quadro é, de fato, bastante difícil. No entanto, tal enfrentamento poderia ser iniciado com grupos de trabalho contendo integrantes das áreas educacional, econômica e financeira para a compliação, oferta e distribuição através do PNLD de materiais dedicados à Educação Financeira nos ensinos médio e fundamental, observadas as demandas e regulamentações já contidas na BNCC. Desta forma, muitos educandos ao se tornarem adultos compreenderiam que é possível ostentar com responsabilidade, ou seja, distribuindo sabiamente seus recursos financeiros entre as obrigações, a poupança e os prazeres da vida.

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2 Correções

  1. Olá tudo bem? Espero que sim, vamos lá:
    Introdução: boa introdução, o repertório se encaixa bem com o tema. Além disso, consegui identificar com facilidade a tese.
    Desenvolvimento: D1- achei esse parágrafo muito extenso, possui bons argumentos, mas também muitas informações que não são necessárias, acredito que com uma organização melhor ele vai ficar mais estruturado e com uma leitura mais tranquila.
    D2- como escrevi antes esse desenvolvimento também apresenta muitas informações e esta muito grande (não quer dizer que está errado! Mas no final do texto pode acabar prejudicando a escrita do ultimo parágrafo). A partir da minha leitura percebi que ele possui muito mais informações que argumentos próprios, creio que uma planejamento melhor do seu texto vai ajudar no raciocínio do desenvolvimento.
    Conclusão: A sua conclusão possui: ação+ meio/ modo+ efeito. Não consegui encontrar o agente e o detalhamento.
    Comp. 1- Gramática: estrutura sintática regular E apresenta alguns desvios de escrita, mas com treino esses erros desaparecem. (obs: não sou muito boa com gramática) 120
    Comp. 2- Repertório: você utiliza ao longo de todo o seu texto repertórios coerentes ao tema, porém sem uso produtivo. Acredito que o fato de você ter expandido demais os parágrafos tenha deixado essas citações um pouco deslocadas ou até um pouco escondidas e difíceis de encontrar. ( o quê quero dizer é que os desenvolvimentos ficaram muito extensos assim não da para saber ao certo o que é argumento e o que é repertório, e o que afetou isso foi a falta de um projeto de texto bem estruturado, porque alguns dos argumentos que eu encontrei estão bons). 160
    Comp. 3- Projeto de texto: o seu projeto de texto como escrevi várias vezes é (de acordo com os meus conhecimentos) o que mais afetou o seu texto, já que o desenvolvimento de alguns argumentos, fatos e opiniões estão confusos, ou seja, não possuem uma fluidez das informações. 120
    Comp. 4- Coerência: não encontrei com frequência muitos conectores no seu texto, eles também ajudam na fluidez dos argumentos. O seu texto apresenta: presença regular de elementos coesivos inter e/ou intraparágrafos E/OU algumas repetições E/OU algumas inadequações. 120
    Comp. 5- Proposta de intervenção: A sua proposta de intervenção possui três (ação+ meio/modo+ efeito) dos cinco elementos cobrados sendo eles: ação+ agente+ meio/modo+ efeito+ detalhamento 120
    Dica: você pode ler a cartilha nota mil do Lucas Felpi, ela é ótima e ajuda bastante!
    Peço desculpas se interpretei alguma parte errada, não sou profissional! E continue treinando, você tem potencial!
    Espero ter ajudado e bons estudos!!! :)

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  2. ótima redação com bastantes argumentos quantas linhas ficou ? vi alguns erros de gramática, mas acredito ser erro de digitalização e cuidado na hora de pontuar os seus textos aqui “Mais: é preciso viver como eles vivem, comer o que eles comem, falar como eles falam.” esses dois pontos ficou estranho.

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