A realidade brasileira sobre adoção de filhos

    No filme A Era do Gelo 3, Sid acolhe três ovos de dinossauro e cuida com todo amor e carinho que uma família deve destinar à sua prole. Tal película, apesar de se tratar de entretenimento infantil, aborda um tema interessante: a adoção. Acerca disso, a realidade brasileira, sobre esse assunto, tem certos problemas, tais como a incompatibilidade entre os fenótipos buscados pelos pais que almejam adotar, e a falta de um aparato ágil para o processo de apadrinhamento. Dessa maneira, medidas governamentais são necessárias para combater os desafios supracitados

     A princípio, um dos obstáculos existentes a respeito do mencionado é a busca de um perfil de criança que não condiz com a realidade dos lares de adoção. À vista disso, é pertinente trazer o dado do Cadastro Nacional de Adoção que afirma isto: 90% das pessoas que buscam acolher crianças querem que ela seja branca. Todavia, a grande maioria dos indivíduos, que aguardam incessantemente serem perfilhados, são negros ou pardos. Nesse sentido, há uma incongruência, a qual dificulta os processos de adoção. Isso porque, esses futuros pais passam anos na fila de espera e dificilmente serão atendidos, pois é improvável que o desejo supramencionado seja cumprido. Consequentemente, a realidade do país verde-amarelo é não ter pessoas que queiram realmente adotar aqueles que precisam de um lar.

      Além disso, os procedimentos que levam à adoção são muito complexos, uma vez que o apadrinhamento, segundo o Estatuto da Criança e Adolescente, é uma maneira de proteção a ela. Em vista disso, é necessário todo um aparato, composto por psicólogos, conselheiros tutelares e outros, para garantir essa segurança. No entanto, a demora é causada pela ineficiência governamental, porque, caso falte recursos monetários e planejamentos, há supressão da equipe humana. Desse modo, é apropriado trazer o discurso do juiz Sérgio Luiz que aborda o problema da adoção como consequência direta da a ausência de estrutura. Por fim, um outro aspecto colaborador para a demora no processo de perfilhação é a infraestrutura precária.

     Em síntese, a adoção no Brasil é demorada, dado que tanto os “futuros pais” almejarem uma criança ilusória, quanto existe uma deficiência na estrutura. Dessa forma, as pastas responsáveis do Estado devem destinar um recurso maior para as outras duas esferas do governo: os estados e municípios, bem como esses dois precisam planejar melhor as equipes especializas em cada local, por meio da análise do que falta nos “staff” de todos os lares adotivos. Ademais, os psicólogos e conselheiros tutelares necessitam conversar com os sujeitos que buscam adotar, mas são irredutíveis sobre aquelas crianças que não tenham o perfil escolhido. Com o intuito de agilizar o processo de perfilhação, assim como tentar mudar o desejo citado.