Segundo o filósofo inglês John Locke, todos os homens são livres e não há quem possa privá-los disso. De maneira análoga à este pensamento, as mulheres que sonham em ter filhos deveriam ter plena liberdade ao optar em como o seu parto será realizado para que o momento de conceber uma criança seja inesquecível positivamente. Esta não é a realidade, todavia, da maior parte das gestantes brasileiras. Fato que dá-se não só devido a falta de informação sobre a naturalização dos partos e preferência por cesáreas, mas também pela imposição da sociedade na decisão de qual método deve ser executado na hora da concepção.
À priori, é pertinente ressaltar que o parto humanizado não trata-se de um tipo de parto, e sim de um processo de naturalização deste que visa diminuir as intervenções médicas, que entretanto, até o presente ainda é pouco expresso pois a massa pouco sabe sobre o método e pela tradição das cesáreas que perdura há décadas. No Brasil, mais da metade do número de partos realizados ocorrem por meio de procedimentos cirúrgicos e isto sucede-se pela crença de que é o método mais seguro e indolor para as mulheres. Tal credo demonstra-se com uma grande incoerência, uma vez que neste tipo existem os riscos de hemorragia, infecção, má cicatrização e outras possíveis sequelas que a mãe e o bebê podem acarretar se assim submetidos à este trâmite invasivo. Logo, à menos em casos de necessidade, é preciso uma intervenção para que esta inaceitável questão seja enfim modificada.
Cabe salientar, outrossim, que o corpo social exerce praticamente uma injunção sobre a gestante muitas vezes contrária à sua vontade e findam a sujeitando a aceitar o que lhe foi imposto, impedindo que possa realizar o seu desejo de ter um parto com o mínimo de interferências. De acordo com o Artigo 5° da Constituição Federal, cada um de nós tem o direito de viver, de ser livre, de ser respeitado como pessoa, pois todos são iguais perante à lei, sem qualquer distinção. No entanto, nota-se que no país, as ações das pessoas rompem com a concessão de que cada indivíduo possui, já que julgam normal impedir a mulher de conceber o seu filho do modo mais natural o possível. Dessa forma, é implausível que em pleno século XXI essa pressão da sociedade para com a futura mãe ocorra, violando o que é exigido constitucionalmente.
Em virtude do que foi mencionado, faz-se mister a mobilização de certos agentes implicados em resolver a problemáticas da desinformação e impedimento na realização de partos humanizados no Brasil. A fim de solucionar esses impasses, cabe, então, ao Ministério da Saúde atrelado à Secretaria Especial de Comunicação Social promover propagandas veiculadas em canais comunicativos de acesso comum a fim de conscientizar sobre as vantagens médicas e emocionais que a aclimação deste processo pode proporcionar uma vez que a partir de então mais pessoas estariam dispostas a não fomentar as cesarianas e naturalizar o concebimento de uma criança para de fato seja uma ocasião memorável. Ademais, o próprio corpo social pode colaborar com as gestantes possibilitando que estas exerçam seu protagonismo. Parafraseando Newton, segundo sua primeira lei, exercendo uma força não nula que enfim tirará a questão como um todo da inércia, poderá alcançar-se a genuína liberdade citada por John Locke.
Rafael8031
Fato que dá-se NÃO SÓ devido a falta de informação sobre a naturalização dos partos e preferência por cesáreas, MAS TAMBÉM pela imposição ….{ excelente uso do termo: não só…mas também…o enem adora isso).
o parto humanizado não trata-se de um tipo de parto…{ palavra negativa atrai o se…ficaria assim: não se trata…}
Bons argumentos e coesão entre eles ficou legal, no entanto,tentar usar palavra mais simples…sociedade no lugar de “corpo social”,por exemplo…
Parafraseando Newton, segundo sua primeira lei, exercendo uma força não nula que enfim tirará a questão como um todo da inércia, poderá alcançar-se a genuína liberdade citada por John Locke. { quem não sabe quem foi o Newton e a sua 1° lei e o Locke fica sem entender o que vc quer dizer com essa paráfrase… tentaria fazer uma conclusão mais simples…lembre-se que menos é mais}