A questão do feminicído no Brasil

Desde o período colonial é perceptível a forte presença do patriarcado no Brasil, em que o trabalho braçal dos homens escravos eram mais “valiosos” do que a das mulheres. Porém, ao longo dos anos essa prerrogativa machista vem sendo destruída, mas não ao ponto desejável. No contexto atual, o feminicídio se tornou uma problemática presente na sociedade brasileira, fruto da negligência estatal e da ausência institucional.

Primeiramente, o Estado, devido seus poderes administrativos, precisa ser um agente ativo no corpo social. Segundo o filósofo John Rawls, o Governo deve tratar os cidadãos de forma equitativa, protegendo, principalmente, as classes minoritárias – mulheres, negros, pobres e idosos –. Dessa forma, o mau funcionamento da máquina pública negligencia os direitos femininos, dando margem para o feminicídios e outras violências contra as mulheres. Sob essa ótica, os perfis das vítimas do feminicídio permanecerá sobre as mulheres inseridas nas estratificações mais baixas das classe sociais, como, as mulheres negras, desempregadas, domésticas, uma vez que elas estão sofrendo de invisibilidade social.

Ademais, as instituições, por engajar grande participação popular, intervêm amplamente na sociedade, De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, as instituições – igrejas, escolas, famílias – precisam tomar posições frente às questões sociais, pois isso impede que a sociedade entrem em anomia. Dessa maneira, necessita-se que as associações combatam o feminicídio, devido a eficácia do seu apoio para reduzir a problemática. Sob esse viés, as organizações contribuirá para diminuir o feminicídio, principalmente os domésticos, pois as famílias, em grande parte, estão inseridas nessas instituições.

Portanto, é mister que algo ,com extrema urgência seja feito. Então, o Estado, com apoio da Delegacia da Mulher, deve realizar campanhas para incentivar as denúncias pertinentes ao feminicídio, por meio de divulgação nas redes sociais – Facebook, Instagram, TikTok – dos canais de ouvidoria especializado, por exemplo, 190, canal da polícia militar. Tal ação tem como finalidade reduzir as taxas de feminicídio. Somente assim, conforme a teoria de Rawls, o poder administrativo cumprirá seu papel.