Iniciante

A questão da segurança pública no Brasil contemporâneo

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No filme “Ela dança, eu danço” de 2010, é retratado o romance entre dois jovens dançarinos, um pertence à classe média alta e estuda em uma escola especial de artes, já o outro vive em uma situação socioeconomicamente precária e possui relações conturbadas com a família. Ao longo da trama, a narrativa revela as mazelas financeiras sofridas por esse último personagem e como isso leva ele a integrar uma quadrilha de roubo de carros com o objetivo de melhorar a sua renda doméstica, mostrando também a entrada dele para a escola de artes e o consequente fim de suas atividades ilícitas. Fora da ficção, fica claro que a realidade apresentada no filme pode ser relacionada àquela do Brasil contemporâneo: a segurança pública encontra obstáculos na disparidade social vigente e na segregação cultural do espaço urbano.

Em primeiro lugar, é importante destacar que a desigualdade econômica brasileira entre as classes, hodiernamente, constitui-se como agente promotor da criminalidade pelo país. Segundo o filósofo e cientista social Karl Marx, a história humana se desenvolve a partir da oposição de forças contrárias denominadas “tese” e “antítese”, com o choque proveniente do encontro desses elementos dando origem a um terceiro elemento: a síntese. Ao aplicar tal conceito nos sistemas produtivos, Marx cunhou o termo “luta de classes” para designar a rivalidade presente na sociedade, que envolve os burgueses (ricos e milionários) e os proletários (trabalhador comum). Paralelamente, observa-se que a maioria dos crimes relacionados à violência física, como assaltos e latrocínios em geral, são perpetrados por pessoas de menor poder aquisitivo, numa clara tentativa do inconsciente coletivo de restituir ao proletariado o que foi tomado pela burguesia capitalista e industrial. Assim, é indiscutível que as contradições econômicas espalhadas pelo Brasil causam entraves no setor de segurança pública.

Além disso, pode-se notar a alta concentração cultural nos grandes centros urbanos e os efeitos na formação moral da população periférica. Pitágoras, matemático grego, dizia que “a educação reflete a condição humana da virtude e dos bons hábitos”. Com base nisso, é perceptível o estado de supressão vivido pelos moradores de áreas mais vulneráveis, os quais não tendo nenhuma referência cultural, a exemplo do lazer e dos esportes, partem em direção à criminalidade como forma, também, de ocupação mental e decepção com o sistema. O IBGE, no seu último censo, mostra esse fenômeno ao declarar que 92% das quadras poliesportivas, cinemas e casas de festa encontram-se nos grandes centros. Logo, é patente que o separatismo cultural nas cidades incorre na promoção dos crimes na atualidade.

Portanto, é mister que sejam tomadas providências para amenizar o quadro atual. Para superar o obstáculo da disparidade social vigente entre os indivíduos, urge que o Ministério da Infraestrutura implemente, por meio de parcerias feitas com as diversas secretarias de desenvolvimento urbano municipais, obras públicas que interliguem o centro da cidade às áreas mais afastadas e dotadas de menor PIB per capita. Não só, o Ministério da Educação e da Cultura deve criar, através do envio de verbas para as grandes capitais estaduais, espaços de diversão e prática de esportes, com o intuito de promover a cultura em lugares não privilegiados. Somente assim, será possível diminuir o número de roubos de carros e aumentar o de dançarinos.

 

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6 Correções

  1. A sua redação apresenta uma boa estrutura , mas, no inicio, foge um pouco do tema e não apresenta uma ideia condizente a proposta da redação. Já no segundo parágrafo a ideia de que as pessoas menos favorecidas economicamente não tem cultura porque são ”pobres” é uma concepção equivocada , na verdade elas tem cultura sim, só que é reprimida pela classe dominante, e dizer que quem vive nas periferias e nos bairros menos favorecidos não tem cultura é uma ideia preconceituosa. E quando você cita Karl Marx e a sua teoria das lutas de classes fica uma ideia vaga e sem um conhecimento profundo do assunto, parece que você leu um breve resumo na internet e escreveu na redação só para ficar bonito mas não entende nada sobre o assunto. Muito cuidado ao citar obras e teorias de autores, primeiro que você tem que ter, realmente, um conhecimento sobre o assunto, e segundo, tem que estar de acordo com o contexto do tema que esta sendo abordado. A proposta de intervenção trouxe uma ideia meio preconceituosa, e você trouxe novamente a ideia de que pessoas menos favorecidas economicamente não possui cultura. Fica a dica.

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  2. 800
    A sua introdução foge um pouco do tema e não deixa claro a ideia.

    No terceiro parágrafo estava correndo tudo bem, até cometer um equivoco em dizer que os mais vulneráveis partem em direção à criminalidade, por não terem uma cultura esportiva. Nesse deslize você pode ferir os direitos humanos e perder pontos.

    Na sua conclusão, novamente ficou visto que os “responsáveis” por essa problemática são os mais vulneráveis, repetindo o mesmo deslize do terceiro parágrafo.

    Uma dica: Analise bem os textos motivadores para desenvolver a sua redação.

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  3. A sua introdução foge um pouco do tema e não deixa claro a ideia.

    No terceiro parágrafo estava correndo tudo bem, até cometer um equivoco em dizer que os mais vulneráveis partem em direção à criminalidade, por não terem uma cultura esportiva. Nesse deslize você pode ferir os direitos humanos e perder pontos.

    Na sua conclusão, novamente ficou visto que os “responsáveis” por essa problemática são os mais vulneráveis, repetindo o mesmo deslize do terceiro parágrafo.

    Uma dica: Analise bem os textos motivadores para desenvolver a sua redação.

    • 1
  4. Você colocou muita informação na introdução, geralmente apresenta o assunto e sua tese(ponto de vista) no primeiro parágrafo.

    A ideia do segundo parágrafo foi genial, mas você não argumentou. Teve muita explicação e pouco desenvolvimento do seu argumento.

    A conclusão está perfeita.

    Dica : Use as referências para fortalecer seu argumento, não explique tanto sua

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  5. Uma referência deve ser usada quando o contexto pode ser facilmente relacionado a sua tese, um deslize que deixou sua introdução um pouco longa. Minha dica é deixar a introdução para o final e transforma-la num resumo envolvente do texto.
    Sobre o desenvolvimento, apesar de bem estruturado, acaba trazendo informações equivocadas e um tanto quanto preconceituosas, o que pode ser avaliado como uma tese rasa. A dica aqui é basear sua defesa apenas nos textos de orientação, caso não tenha conhecimento aprofundado sobre o tema proposto.
    Apesar disso, a conclusão está perfeita.
    Nota: 800

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  6. Você colocou muita informação na introdução, geralmente apresenta o assunto e sua tese(ponto de vista) no primeiro parágrafo.

    A ideia do segundo parágrafo foi genial, mas você não argumentou. Teve muita explicação e pouco desenvolvimento do seu argumento.

    A conclusão está perfeita.

    Dica : Use as referências para fortalecer seu argumento, não explique tanto sua referência.

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