A questão da Resiliência face a desastres naturais.

-Após uma chuva que devastou a cidade de Petrópolis, seguida de outra igualmente destrutiva em menos de dois meses, a resiliência se tornou uma palavra de ordem para os moradores daquela cidade recuperarem suas vidas, ao mesmo tempo em que dividiu opiniões, em que a resiliência pode ser um meio para superar adversidades, ou uma reação do indivíduo frente a negligência do poder público.

-Primeiramente, é necessário definir o que significa resiliência, que pode ser descrita como uma “reação ao indivíduo frente a adversidades”, oriunda de situações fora de seu controle direto. Este conceito é perfeitamente aplicado a casos de desastres naturais ocorridos em cidades como Petrópolis, em que as vítimas pouco ou nada podiam fazer frente ao perfil climático do município.

-Por outro lado, a resiliência sem limites pode ser prejudicial, pois tal como diz o Provérbio “Dar murro em ponta de faca”, nos lembra que apesar da importância de sermos resilientes, deve-se também ser inteligente para evitar situações parecidas num momento posterior, sendo este o momento para que o poder público preste ações para remediar as necessidades da população, ao mesmo tempo em que deve fazer esforços para minimizar momentos semelhates no futuro.

-Portanto, pode-se observar que a resiliência possui uma grande efetividade, quando usada com inteligência e com o devido suporte de terceiros para que o indivíduo enfrente adversidades climáticas. No entanto, é necessário que o poder público, através de secretarias de planejamento e defesa civil do Município e Estado, realize obras de infraestrutura para evitar danos em eventuais chuvas posteriores, além de, por parte da secretaria da Fazenda do Governo do Estado, prover ajuda financeira para retomada da vida cotidiana, e redução do prejuízo causado na população. Com isso, é possível que o cidadão possa ter resiliência, não para sobreviver, mas para viver e prosperar.