O fato de a sociedade enfrentar problemas com a qualidade de vida não é uma contemporaneidade, pois no período medieval a peste-negra(doença responsável por dizimar um terço dos habitantes de toda Europa, durante a era medieval) teve a sua propagação e sua taxa de letalidade mais eficiente devido aos hábitos precários de higiene por parte da população e por não possuírem condições de vida suficientemente favoráveis para mitigar os efeitos da pandemia. Entretanto, mesmo após séculos deste evento, ainda existem grupos sociais que enfrentam dificuldades parecidas em relação à higidez. Nesse contexto, indiscutivelmente percebe-se que há obstáculos no que se refere à promoção da saúde por meio do saneamento básico, causado não só pelo planejamento inadequado, mas também pela falta de investimentos por parte do governo.
Antes de tudo, é importante abordar o impacto do gerenciamento feito de maneira equivocada. Com a revolução industrial, iniciada no século XVIII, o trabalho manual tornou-se gradualmente menos eficiente e consequentemente, menos requisitado, visto que as máquinas faziam os mesmos serviços com uma velocidade maior e com menos custos. Sendo assim, os indivíduos que trabalhavam no campo foram obrigados a migrar para as cidades urbanas em busca de condições financeiras melhores, causando o êxodo rural, pelo elevado número de migrações. Dessa maneira, foram construídas as favelas, resultados da pouca organização e do excesso de povos necessitando de moradias, sendo lugares que frequentemente sofrem com precariedades higiênicas, transformando-os em locais com risco de doenças.
Além disso, deve-se relatar a inércia do Estado como um dos fatores agravantes desta problemática. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), 48% da nação não possui coleta de esgotos e 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável. Logo, identifica-se que não há ações do órgão responsável pelo bem-estar do seu povo com o objetivo de reverter o cenário atual, tendo em vista que metade do corpo social não dispõe de seus direitos como cidadão, contribuindo para o aumento da desigualdade no país. A esse respeito, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman desenvolveu o conceito de “Instituição zumbi”, segundo o qual a governança perdeu a sua função social.
Dessa maneira, é evidente que ao invés de o saneamento básico ser um direito de todos, se tornou um luxo de poucos e deve-se haver ações objetivando mudanças. Portanto, faz-se necessário ao poder executivo, com intermédio do Ministério da Saúde, através de investimentos, promoverem o aumento de serviços públicos nas áreas com menos acesso à salubridade, visando diminuir problemas como a falta de água e o descarte irregular de resíduos. Essas medidas devem ser tomadas a fim de reduzir gradativamente o número de cidadãos sem acesso ao bem-estar básico.
Leticia953
texto bem escrito e com uso correto das pontuações.
senti falta de uma frase de conclusão nos finais dos parágrafos. Ela deixa o texto bem “amarradinho”, mais coeso. Apesar disso, gostei muito do seu repertório de recursos coesivos no meio dos parágrafos!
Eu ainda não sei corrigir , só observei isso ,com o tempo vou poder opinar mais sobre os assuntos abordados .
roger_aju
*correção de acordo com os critérios do ENEM:
GERAL:
– texto bem escrito e com uso correto das pontuações.
– senti falta de uma frase de conclusão nos finais dos parágrafos. Ela deixa o texto bem “amarradinho”, mais coeso. Apesar disso, gostei muito do seu repertório de recursos coesivos no meio dos parágrafos!
– fale mais sobre a situação no Brasil, o ENEM precisa disso. Deu a entender que você falava do saneamento no mundo, sabe?
– Gostei bastante da sua redação, do modo que você articula suas ideias e embasa elas. Um texto acima da média, mas com alguns ajustes a serem feitos!
1° PARÁGRAFO:
– bom repertório, e boa forma de encaixá-lo com o tema.
– achei que aquele “indiscutivelmente” não precisava estar ali, ele dá um excesso de certeza. Só o “percebe-se” era suficiente.
– gostei que você citou os argumentos do D1 e D2 aqui.
– Boa introdução, parabéns!
2° PARÁGRAFO:
– Desenvolvimento bem feito. Só senti falta de citar o país.
3° PARÁGRAFO:
– Evite colocar dois repertórios no mesmo parágrafo, corre o risco de você perder linhas desnecessariamente, pois cada parágrafo requer, no máximo, 1 repertório. Ele poderia se encaixar melhor no final da sua conclusão, para finalizar o texto com chave de ouro. Apesar disso, gostei das citações.
– Escolha colocar o nome da instituição por extenso, ou a sigla, não precisa dos dois.
4° PARÁGRAFO:
– Achei o detalhamento da sua intervenção vago. Procure falar quais tipos de serviços serão feitos. Um pouco mais de detalhe para deixar sua solução mais real.
– Especifique quais investimentos, se serão através dos cofres públicos, com dinheiro de impostos, etc.
– Procure reforçar sua intervenção. Veja algumas aulas sobre como fazê-la melhor. Você escreve bem, mas pecou um pouco aqui.
COMP. I: 200
COMP. II: 200
COMP. III: 200
COMP. IV: 160
COMP. V: 120
Total: 880
BONS ESTUDOS!!!