O livro “Extraordinário”, de R.J. Palacio, narra a história de Auggie, um garoto que nasceu com uma má formação no rosto, e por esse motivo, sofre ofensas de toda a escola. Desse modo, a obra revela as consequências das práticas de bullying nas escolas, que tem como causas o preconceito e a falta de debate no meio familiar sobre a temática. Dessa forma, convém analisar os fatores que favorecem o quadro.
Sendo assim, em primeira análise, o preconceito nas escolas é algo presente não só entre as salas de aula, mas enraizado no meio social. Nesse viés, dados apresentados pelo IBGE revelam que cerca de 7% dos alunos sofrem bullying devido as suas características físicas. Nessa conjuntura, tais fatores trazem várias consequências negativas para quem sofre, como patologias mentais, por exemplo, devido a intolerância dos praticantes da violência escolar. Dessa maneira, é necessário diminuir a opressão e priorizar o respeito a diversidade.
Ademais, o silenciamento acerca dessa problemática no âmbito familiar, é mais um catalisador da prática. Assim, nas palavras do filósofo Marquês de Maricá, a má educação consiste especialmente nos maus exemplos. Nesse ínterim, é essencial o debate na esfera afetiva pois assim, o estudante terá atitudes baseadas nos preceitos aprendidos e praticados pela sua família. Logo, é necessário que a relação “pais e filhos” se fortaleça quanto aos assuntos intra-escolares.
Portanto, é mister que se desenvolva ações para atenuar as práticas de bullying nas escolas do Brasil. Para isso, urge que o MEC promova a disseminação da importância do respeito as diferenças entre os alunos por meio das mídias de massa e projetos escolares, com o objetivo de efetivar a harmonia no ambiente educacional. Tais projetos devem expor as consequências da opressão na vida de quem sofre, tendo por finalidade, conscientizar os estudantes. Só assim, a realidade brasileira não será condizente com a situação vivida por Auggie.
Mr.Crozma
Li que sua dificuldade é argumentar e vim ver o que estava acontecendo com a sua escrita.
Uma primeira mudança que sugiro é enxergar os argumentos não como “causas”, mas “ideias a serem explicadas”. As suas ideias.
Então, o tema – bullying nas escolas – não é um consenso. Há uma divergência da qual se deve extrair uma tese problematizante (qual adjetivo você atribui ao bullying nas escolas?). Digo isso porque há seres incivilizados que argumentarão que o bullying não é um problema, e aí é importante visualizar essa opinião contrária para conseguir se situar no campo argumentativo: você está argumentando porque há quem defenda um posicionamento contrário.
Pensando nesse adjetivo (o bullying é bom ou ruim?), talvez você se sinta mais no papel de apresentar argumentos, e não “causas” de um problema que, pelo menos a princípio, não é um consenso, por mais que a gente queira que seja. Numa dissertação-argumentativa, você se coloca no papel de convencer alguém.
Então, não é “tem como causas o preconceito e a falta de debates”, mas “pode ser explicado pelo preconceito e pela falta de debates”. Talvez, assim, você consiga assumir uma postura de compromisso com essa síntese argumentativa, que virá em forma de tópico frasal.
A estrutura do desenvolvimento, então, é tópico frasal + explicação do tópico frasal + aprofundamento argumentativo. Isso quer dizer que, primeiro, você apresenta a síntese da sua ideia, depois explica o que quer dizer com ela e, por fim, usa técnicas argumentativas para demonstrar a força dessa sua ideia.
No primeiro argumento, me parece que a relação entre a primeira e a segunda frase não ficou clara, já que ele prometeu argumentar que o preconceito extrapola os limites do colégio, mas, logo em seguida, apresenta um dado referente ao preconceito dentro das escolas e fica por isso mesmo, trazendo, em seguida, uma consequência que não explica os motivos de a síntese do argumento citar o “meio social”.
Além disso, vejo neste argumento uma limitação da produtividade à mera explicação de uma consequência, sem aprofundar as chamadas “causa da causa” e “consequência da consequência”. Lembre-se de que o exemplo não é, por si só, uma força. O exemplo é só um complemento facilitador do argumento, mas ele, por si só – insisto -, não é forte, arrebatador, encerrador de questionamentos, brechas, contra-argumentos que, enfim, vão pesar na nota da C3.
No que se refere ao segundo argumento, não há uma explicação do tópico frasal. Eu não consigo entender o que é o silenciamento familiar e a citação trazida no lugar da explicação piora ainda mais o meu entendimento: a família produz silêncio ou mau exemplo? Ela se omite ou contribui ativamente para o bullying nas escolas? Isso, a priori, é uma contradição que você devia explicar com mais cuidado.
Mais cuidado seria guardar a citação para o aprofundamento. Aqui no começo as suas palavras são ainda mais bem-vindas, porque é você explicando um resumo de argumento que foi traduzido em forma de tópico frasal. Após a explicação é que você será capaz de definir se a citação tem pertinência para convencer ou se será necessário o uso de outra técnica argumentativa.
Falando sobre técnicas argumentativas, há uma variedade grande o suficiente para ser combinada, caso você sinta que precisa dar mais força ao seu argumento. O aprofundamento argumentativo nasce da baixa persuasão que tem uma mera exposição de argumento (tópico frasal) e a sua explicação. Daí surgem a causa da causa e as consequências; a interdisciplinaridade (uso de conceitos de alguma matéria, como a biologia, a história, a psicologia etc.); o exemplo; a analogia; a autoridade; os dados estatísticos; a contra-argumentação; a dedução; a indução… A lista é longa, mas deu pra passar a ideia do que quis dizer sobre combinar estratégias de argumentação, né?
Espero ter oferecido um caminho para te deixar mais à vontade para argumentar e me coloco à disposição para eventuais dúvidas.
A propósito, a nota da Liliane ficou um tanto pesada; a sua nota aqui, olhando por alto, seria por volta de 800. Me atrevo a dizer que ninguém aqui do site tiraria 80 em qualquer uma das competências, exceto os que tangenciarem o tema.
Nildaline Rocha
Olá
Comentários iniciais
-1⁰ parágrafo-
Na 1⁰ frase do seu texto, a vírgula vem depois do “e”
Retire o “sobre a temática” na penúltima sentença
No lugar de ” tem” prefira usar ” apresenta ”
Nesse caso, o encaminhamento argumentativo não é necessário, porque você já explicitou a tese.
No geral, sua introdução está ok: apresenta repertório sociocultural, contextualização, tese explícita e conectivos.
-Argumentação-
D1: está ok mas falta argumentar mais (está muito expositivo) além da marca de autoria
D2: ” catalisador da prática ” WOW!! Que diferente
“Assim, nas palavras…” conectivo conclusivo aqui não deu muito certo, cuidado, perda de pontos para a C3. Prefira usar um “A esse respeito ”
“Má educação” expressão coloquial
De novo aqui volto a frisar que sua argumentação está muito expositiva, falta posicionamento explícito e marca de autoria
Parabéns você usou repertório sociocultural. Porém, falta explorá-lo melhor por meio da argumentação propriamente dita, e não apenas a exposição de informação.
” respeito À diversidade ” você esqueceu a crase
-Proposta de intervenção-
Agente: ok
Ação:ok
Meio/modo: ok
Detalhamento:ok
Finalidade:ok
Muito bem :)
” respeito as diferenças ” está errado. Correto: respeito às diferenças
Considerações finais
Fora alguns erros gramaticais, e redação demasiado expositiva, o restante está ok. Creio que sua nota oscilaria entre 860 e 880.
Bons estudos ;)
LILIANECOIMBRA
Boa tarde!!
O livro “Extraordinário”, de R.J. Palacio[1], narra a história de Auggie, um garoto que nasceu com uma má formação no rosto, e por esse motivo,[2] sofre ofensas de toda a escola. Desse modo, a obra revela as consequências das práticas de bullyng [3]nas escolas, que tem como **causas o preconceito e a falta de debate no meio familiar** sobre a temática. Dessa forma, convém analisar os fatores que favorecem o quadro.
[1]Faltou o acento no a
[2]Sem necessidade da virgula
[3]Se escreve Bullying
*causas o preconceito e a falta de debate no meio familiar*creio que essa seja sua tese vou corrigir os outros dois parag. baseado nelas.
Sendo[1] assim, em primeira análise, o preconceito nas escolas é algo presente não só entre as salas de aula, mas enraizado no meio social. Nesse viés, dados apresentados pelo IBGE[2] revelam que cerca de 7% dos alunos sofrem bullyng devido as suas características físicas. Nessa conjuntura, tais fatores trazem várias consequências negativas para quem sofre[3], como[4] patologias mentais, por exemplo[5], devido a intolerância dos praticantes da violência escolar. Dessa maneira, é necessário diminuir a opressão e priorizar o respeito a diversidade.[6]
[1] Não use nada no gerundio
[2]O que é IBGE? De qual meio esses dado foram feitos, através de pesquisa? gráfico?
[3] Sofre oq? Ficou vago poderia usar, “para quem sofre com tal doença, tal problema”
[4] Use com
[5] Sempre quando foi dar um exemplo diga “Por exemplo” primeiro para o leitor ja identificar que aquilo é um exemplo
[6] Vc colocou uma medida de intervenção, isso é um erro gravissimo, medidas de inerv. so devem ser apresentadas no ultimo paragraf.
Ademais, o silenciamento [1] acerca dessa problemática no âmbito familiar, é mais um catalisador da prática. Assim, nas palavras do filósofo Marquês de Maricá, a má educação consiste especialmente nos maus exemplos. Nesse ínterim, é essencial o debate na esfera afetiva pois assim, o estudante terá atitudes baseadas nos preceitos aprendidos e praticados pela sua família. Logo, é necessário que a relação “pais e filhos” se fortaleça quanto aos assuntos intra-escolares.
[1]Não ficou legal essa palavra empregada dessa maneira, poderia ter usado ex. “Ademais, o silêncio familiar, a falta de dialogo”
Portanto, é mister que se desenvolva ações para atenuar as práticas de bullyng nas escolas do Brasil. Para isso, urge que o MEC [1] promova a disseminação da importância do respeito as diferenças entre os alunos por meio das mídias de massa e projetos escolares, com o objetivo de efetivar a harmonia no ambiente educacional. Tais projetos devem expor as consequências da opressão na vida de quem sofre, tendo por finalidade, conscientizar os estudantes. Só assim, a realidade brasileira não será condizente com a situação vivida por Auggie.
[1]Sempre que usar sigla escreva o que ela significa
C1: 120
C2: 160
C3: 80
C4: 120
C5: 160
TOTAL 640
NOTAS FINAIS
Você esta no caminho certo, e escreve bem! Parabens, entretanto alguns erros de grafias e de conduta com a redação, as suas teses foram apresentadas e argumentadas bem organizadas, só acho que faltou voce argumentar mais, escrever mais, e mostrar que voce realmente sabe do que está falando. Sua conclusão está boa.
boa sorteee!!!