A Pobreza menstrual em questão no Brasil

De acordo com São Tomás de Aquino, todas as pessoas precisam ser tratadas com a mesma importância. No entanto, a realidade brasileira contraria o ponto de vista do teólogo, uma vez que muitos indivíduos sofrem com a questão da pobreza menstrual e são marginalizados pela sociedade. Nesse contexto, observa-se a consolidação de um grave problema, ocasionado pela falta de amparo governamental e pela ausência de debate sobre o assunto.

Nessa perspectiva, deve-se atentar para a prevaricação do estado para resolução da problemática. Segundo a ONU, o acesso à higiene menstrual é questão de saúde pública. Contrariamente, no Brasil, existem milhares de famílias em situações de vulnerabilidade sanitária e econômica, em decorrência disso muitos lares não possuem os itens mínimos para higiene e nem condições para adquiri-las. Isso é comprovado pela CNN, que informa que 4 milhões de meninas não têm acesso a esses itens primordiais.

Além disso, a falta de discussões sobre o tema acaba colaborando para a manutenção do problema. Conforme a lei da inércia, de Newton, um corpo só se move quando há uma força atuando sobre ele. Com isso, a carência de conversas sobre a questão da pobreza menstrual deixa o problema estagnado, uma vez que, quanto menos pessoas possuem conhecimento sobre o assunto, menos apoio popular a causa possui para cobrar do estado medidas para a sua resolução.

Portanto, é evidente que medidas sejam tomadas para solucionar essa mazela social que é a pobreza menstrual. Logo, cabe ao Governo, por meio do Ministério da Educação, promover debates nas escolas e nas redes sociais desse órgão, como por exemplo Instagram, Facebook e Twitter, com a finalidade de aumentar o conhecimento da população acerca desse assunto. Só assim o Brasil começará a superar esse empecilho.