A persistência do racismo na sociedade brasileira

A obra “Ensaio sobre a cegueira”, do escritor José de Souza Saramago, é uma obra que retrata a invibilização de certos problemas da sociedade. Na realidade brasileira, a crítica feita pelo autor desse livro pode ser verificada na discriminação racial, que é caracterizada como um preconceito de uma determinada pessoa para com as características étnicas de outro cidadão. Posto isto, emerge um problema sério, o racismo, que ocorre em virtude da falta de consciência social de alguns meliantes e da ausência de medidas governamentais para combater atitudes preconceituosas.

Nesse cenário, retrata-se, de início, que a falta de entendimento sobre o prejuízo moral e ético que a discriminação racial causa é um dos fatores que influenciam a perduração do problema supracitado. O sofista Protágoras, nascido no período da idade antiga, afirma que o homem é a medida de todas as coisas. De fato, para que mudanças ocorram, o homem deve agir e tomar medidas que sejam necessárias para contornar o revés. Ou seja, o racismo, como um ato que prejudica a autoestima e moral de outros indivíduos, só poderá ser resolvido quando o humano, que é a medida de todas as coisas, se tornar consciente de que essa problemática só irá postergar o desenvolvimento civil e ético do país.

Além disso, outro fator influenciador é a falta de ações políticas focadas em combater as atitudes racistas presentes nas comunidades civis. Jhon Locke, um filósofo contratualista, afirma que o estado e a sociedade devem agir em armonia, para impedir que os humanos regridam para um estado primitivo, sem leis e regras. Tal afirmação não é pragmaticamente observada quando se analisa o preconceito racial presente na nação, que deixa explícito a falta de mobilização do governo para combater um problema que obnubila a sociedade há muito tempo. Dessa forma, é necessário que o governo esteja ciente das adversidades civis e procure formas de amenizar essa situação.

Portanto, é indispensável intervir sobre esse cenário. Para isso, o Ministério da Igualdade Racial, juntamente às grandes plataformas midiáticas, como o youtube, deve criar uma série de vídeos que problematizem a discriminação racial, por meio de entrevistas com sociólogos, a fim de reverter o preconceito que impera. Tal atitude pode, ainda, ser divulgada em várias redes sociais para chegar a mais pessoas.