A persistência da violência contra a mulher

Em um dos episódios da série “Grey’s Anatomy”, retrata-se um caso de estupro sofrido por Abby, a qual, mantém uma expressão aterrorizante e relata que foi vítima de uma violência sexual por um estranho ao sair de um bar. Fora da ficção, o hodierno cenário brasileiro caracteriza-se com a mesma problemática no que diz respeito a persistência da violência contra a mulher. Dessa forma, observa-se a configuração de um grave problema, em virtude dos relacionamentos abusivos e da falta de legislação.
Em primeiro lugar, é indubitável que a relação despótica vivenciada por a mulher é um grande fator que influencia a perpetuação da problemática. Na História da Idade Média, as mulheres eram vistas como seres irrelevantes, elas apenas satisfaziam os desejos de seus cônjuges, procriavam e cuidavam dos trabalhos domésticos. Analogamente ao exposto, não distante, é exatamente isso que presencia-se na sociedade brasileira, uma vez que o sexo feminino é rebaixado, tornando-se alvo de diversos julgamentos por ser o”sexo frágil”, além de que os homens cultuam a prática ao machismo, violentando suas esposas psicologicamente, verbalmente e fisicamente. Dessa forma, é necessário medidas que atenuem o impasse.
Em segundo lugar, é fulcral ressaltar que a precariedade na elaboração de leis mais rígidas também contribuem para a fixação do conflito. Nesse contexto, o filósofo inglês John Locke afirma que o Estado, mediante um contrato social, deve garantir a todos os indivíduos o direito ao bem-estar. No entanto, na prática, evidencia-se o oposto das ideias propostas por Locke, haja vista que o Estado não cria políticas públicas eficientes que solucionem a violência contra a mulher, contribuindo para o aumento dos índices de feminicídio, o qual, trata-se da morte de vítimas do sexo feminino logicamente por questões de gênero. Nesse sentido, para que haja o solucionamento da problemática, é dever do Estado rever seu posicionamento urgentemente.
Portanto, para que o homem não exerça total autonomia sobre a mulher e para que haja a desmistificação da questão do “sexo frágil” cultuado pelos homens, urge que a Mídia e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, destaquem os altos índices de violência contra a mulher e a importância do papel feminino na sociedade, por meio da divulgação de campanhas no meio cibernético e palestras. Outrossim, o Poder Legislativo-órgão responsável por elaborar as leis que regulam o Estado-, promova segurança à sociedade feminina brasileira por meio da criação de leis mais rígidas e que todas elas sejam cumpridas. Só assim, haverá não apenas a mitigação da violência contra a mulher, como também, a valorização do sexo feminino na sociedade brasileira.