“A Persistência da Violência Contra a Mulher na Sociedade Brasileira”

 

OBS: já tinha escrito essa redação, mas, como eu acho que melhorei na escrita, decidi reescrever.

Em 2008, dois anos após a criação da Lei Maria da Penha, ocorreu o caso Eloá, em São Paulo, no qual uma adolescente foi mantida em cativeiro num apartamento e morta a tiros pelo ex namorado. Infelizmente, mesmo em 2022, casos assim continuam acontecendo no Brasil, em que chama-se a atenção dois fatores: a falta de consciência generalizada da população sobre violência contra a mulher e o descaso da força policial no seu combate.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que diversas medidas foram tomadas para frear a violência doméstica e o feminicídio, tais como: a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a criação da Delegacia da Mulher, no entanto, ainda nota-se uma persistência de crimes do gênero. Nesse sentido, ideias como “em briga de marido mulher não se mete a colher”, geradas pela ignorância da população, principalmente nas regiões mais remotas do país, desestimulam a vítima ou as pessoas próximas a ela de denunciar o crime. Dessa forma, as mulheres brasileiras possuem os fins para resolver o problema (leis e delegacias), mas não os meios (apoio e incentivo) de se chegar a eles.

Ademais, a atual incompetência da força policial, num todo, também deve ser levada em conta. Desse modo, exemplos claros disso são: diversos casos em que a polícia só chega até a vítima depois que o crime já foi consumado (feminicídio e violência sexual), ordens de restrição que não são respeitadas pelo agressor, falta de delegacias (principalmente no interior do Brasil) e até a falta de preparo da mesma, como é visto no próprio caso Eloá, em que a polícia permitiu que diversos canais de notícia ligassem para o apartamento, para conversar com o sequestrador.

Portanto, é fundamental que medidas sejam tomadas para resolver o impasse. O Governo Federal deve promover maior conscientização da população, por meio de: construção de mais delegacias da mulher no interior do Brasil, maior preparo dos agentes policiais e ênfase em campanhas já existentes, como a “Máscara Roxa” ou o “Disque 180”. Além disso, o Poder Legislativo deve realizar uma revisão das leis que dizem respeito ao tema, considerando dar punições mais severas aos infratores das mesmas. Essas medidas teriam assim, a finalidade de colocar um ponto final na violência contra a mulher na sociedade brasileira, para que casos como o de Eloá ou Maria da Penha não tenham sido em vão.