A necessidade de debater a saúde mental dos brasileiros em tempos de instabilidade. Corrigir diante dos critérios exigidos pelo ENEM

       O drama americano “Coringa” relata a vida conturbada de Arthur Fleck diante da incompreensão e crueldade das pessoas com sua doença mental, além da falta de atenção por parte da sua psiquiatra – profissional mal paga pelo governo, com uma clínica pública sucateada- a qual não cumpre seu papel corretamente e inviabiliza o tratamento de Arthur. A partir dessa perspertiva fictícia, é viável relacioná-la à realidade contemporânea as quais vivem os cidadãos com limitações mentais no Brasil. A falta de respeito aliada ao desconhecimento da população diante do exercimento dos direitos em razão da saúde, são entraves que expressam a pertinência de debater sobre os problemas psíquicos dos brasileiros em momentos instáveis.

       Primeiramente, é válido destacar que vários fatores contribuem para o desenvolvimento de uma doença mental, principalmente em tempos duvidosos. Visto que, o aparecimento de alguma crise pessoal pode vir desde a falta de um emprego -trazendo diversos prejuízos financeiros aliados à cobrança familiar- até a perda de alguém querido, junto à instabilidade emocional, as quais são caracteríscas reais em tempos comprometedores. Assim, existe a carência de exibir as consequências que o desrespeito pode trazer para os doentes mentais, pois qualquer palavra dita pode ser um motivo para acentuação do problema. De tal forma que, os envolvidos com Depressão e Ansiedade, por exemplo, não se limitam apenas à tristeza e preocupações, podendo procurar consolo em substâncias psicoativas -lícitas ou ilícitas- agravando o próprio quadro.

Posteriormente, faz-se pertinente enfatizar que nem sempre os clínicos, médicos e profissionais da área cumprem o seu papel diante das enfermidades dos pacientes -especialmente em hospitais públicos, visto que, de acordo com a Organização das Nações Unidas, cerca de 80% dos indivíduos não têm atendimento correto. Por conseguinte, no cenário preocupante vivido em tempos do COVID-19, devido à alta crise no âmbito da saúde, com foco constante nas condições virais, são tangenciados, muitas vezes, os tratamentos exigidos para outras afecções, porém mesmo diante dessa realidade, ainda existe escassez no exercimento dos direitos por parte da sociedade. Assim, essa lacuna gera aumento na gravidade da situação, além de afetar majoritariamente a população que irá em busca dos cuidados e não terá um atendimento satisfatório. Por isso, é importante que exista militarismo sobre essa realidade.

Portanto, são necessárias ações que promovam a remediação do caso. Cabe ao Ministério da Saúde através de campanhas publicitárias por meio das redes sociais e do próprio site, exibirem as consequências que o desrespeito traz pra vida desses indivíduos, confortando-os, sobretudo em momentos preocupantes – como o do COVID-19. Ademais, urge que as pessoas vão em busca dos seus direitos à cuidados qualificados, pressionando o governo à tomar as devidas precauções, contribuindo assim, para um país mentalmente equilibrado, restringindo a inviabilidade do sistema de saúde à vida ficctícia de Arthur.