O documentário Perrengue, de 2013, retrata como quatro pessoas deslocam-se até seus trabalhos na cidade de São Paulo. Seja de ônibus, metrô ou de carro, todas enfrentam diversos desafios nessa jornada, e tal situação, infelizmente, não se restringe a esse pequeno grupo de trabalhadores, uma vez que a mobilidade urbana brasileira ainda possui muitas dificuldades que impactam a vida de milhões de cidadãos. Nesse contexto, a preferência do sistema rodoviário e do desenvolvimento de cidades específicas geram um grande desperdício de tempo no trânsito.
Primordialmente, o elevado crescimento populacional, ocorrido no século XX, promoveu a adoção de políticas públicas que se mostraram ineficazes quanto à melhora da locomoção urbana, como o rodoviarismo de JK e a concentração do desenvolvimento econômico. Sob tal perspectiva, analisando as características do Brasil, fica evidente que este possui um elevado potencial para o transporte ferroviário e para o hidroviário em razão de sua grande extensão territorial e dos numerosos rios navegáveis. No entanto, o presidente Kubitschek, interessado apenas em atrair empresas automobilísticas, privilegiou as rodovias, que geram enormes gastos e não se adequam ao país. Ademais, a concentração de trabalho nos polos econômicos- segundo o IBGE, em 2016, a capital carioca possuía 70% dos postos de emprego do RJ- aumenta a distância percorrida até os empregos.
Como consequência, os brasileiros perdem boa parte do seu tempo com o deslocamento, o qual poderia ser substituído por momentos de lazer. Nesse sentido, como os transportes públicos geralmente encontram-se superlotados, não há possibilidade de aproveitar esse período de locomoção realizando outras atividades, visto que qualquer movimento é um empecilho. Como disse a professora Patrícia Andrade, uma das entrevistadas no documentário: ” Nem nos finais de semana dá vontade de sair, pois a pessoa corre o risco de enfrentar o trânsito”, demonstrando, assim, que as dificuldades de mobilidade afetam o tempo livre dos cidadãos.
Portanto, medidas precisam ser tomadas. A fim de melhorar a locomoção nas cidades urge que o Ministério da Infraestrutura destine recursos para a criação de transportes mais eficientes, por meio do uso dos rios para o deslocamento de cargas e de ferrovias interligando os principais centros urbanos às zonas periféricas e do interior. Só assim, a mobilidade urbana no país não será mais descrita como um “perrengue”.
Vhgujkjkh
Olá,sua introdução está ótima ,contextualizada ,excelente
O d1 ficou bom,mas você colocou muitos dados,fatos históricos,então ficou um pouco expositivo,você deveria ter colocado mais malefícios do transporte rodoviário e suas consequências .
No d2 você continua na mesma ideia do d1,é necessário desenvolver um outro argumento
Sua proposta de intervenção está boa,contém todos os elementos necessários e retomou a introdução falando do documentário ,o q tornou um texto cíclico
No geral seu texto está muito bom.
Você pode corrigir o meu,por favor?