A coletividade e suas ramificações são estudadas há épocas. O sociólogo francês Émile Durkheim, baseou seus estudos na coletividade, tendo seu embasamento no que define como fato social, que exprime os comportamentos da coletividade e sua posterior transmissão em relação à sua sociedade. Deste modo, é perceptível que valores e demais sentimentos culturais da população são transmitidos de geração em geração, que demonstra a satisfação pessoal dos indivíduos em manterem suas atitudes individuais como forma de perpetuação na sociedade, e como forma dessa expressão, expõe-se os museus, trazendo a essência da memória dos povos, sendo estritamente necessária sua perpetuação.
O ordenamento jurídico brasileiro, traz a representação de defesa da memória de povos brasileiros o IPHAN, órgão que faz a defesa de patrimônios importantes à cultura brasileira, por meio da constituição federal, onde define por meio de estudos, a importância histórica de bens materiais e imateriais. É diante dessa necessidade que o corpo legal do Brasil realiza a proteção, assim, nota-se que diante do fato da representatividade de um povo expresso em museus, existem inúmeros patrimônios que ajudaram a formar a sociedade, sendo necessária sua preservação com relação à identificação dos povos que compuseram realidades passadas.
Recentemente, o acervo cultural do Brasil em relação a historicidade sofreu uma agressão, com o difundido incêndio no museu nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, marcando o imaginário do país e sensibilizando as mais diversas classes e mobilizações de todos os âmbitos de variadas regiões do país, percebendo o quão relevante e importante é a busca pela segurança das memórias de um povo, corroendo o imaginário e a identificação dos habitantes de uma história que, por sua vez, foi apagada fisicamente com as chamas, sobrevivendo apenas no imaginário individual.
Portanto, mesmo com a defesa expressa na constituição, as perdas ocorrem em relação aos museus, sendo a carga protetiva ainda baixa diante de ocorridos. As pinturas rupestres, no Piauí, são datadas de 50 mil anos, segundo a revista Abril, e são definidas como memórias de um povo e devem ser preservadas. Mesmo não expresso, não é só isso. Além da proteção, ao Estado é válido a maior segurança física em relação aos museus, além de uma maior carga de importância a eles em relação à infância, necessitando realizar maiores expansões às mais variadas localidades do país, levando obras e patrimônios materiais passíveis de deslocamento aos interioranos inacessíveis. Assim, obtém-se uma sociedade mais passível de protecionismo e conhecedora da importância dos museus para a identidade nacional.
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Competência 1 – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa: 160 pontos.
Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa: 160 pontos.
Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista: 160 pontos.
Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos necessários para a construção da argumentação: 120 pontos.
Competência 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos: 120 pontos.
Nota com base nas competências do ENEM: 720 pontos.
Comentários – introdução:
Boa relação do tema com o conceito de Émile Duckeim, apresenta a problematização dos museus não serem devidamente valorizados e uma tese implícita, ou seja, o leitor não sabe o que você irá defender nos parágrafos seguintes, é importante deixar isso claro.
Comentários – desenvolvimentos 1 e 2:
D1 – precisa começar o parágrafo com um conectivo que estabeleça ligação com a introdução, tais como “Diante disso”, “Diante do exposto”, “A partir dessa perspectiva”, etc (perca de pontos na C-04). Você traz uma sigla não muito conhecida, o IPHAN, o que seria? Deixe explícito o significado na sua redação. Erro no uso de “onde” no trecho “cultura brasileira, por meio da constituição federal, onde define por meio de estudos,” esse termo é usado para designar lugar fixo, substitua por “no qual”, “o qual”, etc (perca na C-01). Repetição da conjunção de finalidade “por meio” 2x nesse parágrafo (perca na C-04). Argumento bem construído e faz relação com o repertório apresentado.
D2 – Inicie o parágrafo com um conectivo que estabeleça ligação com o D1 (perca na C-04). O repertório sociocultural sobre o incêndio do museu deve ser legitimado, pertinente e produtivo, ou seja, cite de qual meio de comunicação você tirou essa notícia, seja de um jornal, revista, entrevista, site, etc (perca na C-02). O parágrafo está construído em um só período, sem conectivos internos, é importante estabelecer ligação entre ideias (perca na C-04). Argumento e relação com o repertório está bem feita.
Comentários – proposta de intervenção:
Você começa trazendo mais informações e não é o objetivo desse parágrafo, aqui você deve RESOLVER os problemas apresentados nos desenvolvimentos (perca na C-02 e C-03). A proposta é estabelecer maior segurança física aos museus, mas de qual forma? e para quê? Essas perguntas ficaram vagas e gerou perca na C-05. Por fim, o final desse parágrafo é com uma frase de efeito, que não é adequada para a dissertação-argumentação (perca na C-02). Sugiro que finalize o texto retomando o repertório da introdução.
Dicas:
– Estude conectivos externos e internos para a redação;
– Revise a aplicação do termo “onde” na língua portuguesa;
– Busque sinônimos para as palavras-chaves do tema, evitando repetir várias vezes como fez com a palavra “museu” (6 vezes);
– Revise a estrutura dos desenvolvimentos e proposta de intervenção.
Gostou? avalie como a melhor correção! (;
Bons estudos!