A importância da leitura para a construção de uma sociedade mais justa.

“O verdadeiro analfabeto é aquele que saber ler, mas não lê.” Diante do trecho do poeta Mário Quintana, depreende-se que o hábito de leitura ainda não se faz tão presente na sociedade brasileira. Ao averiguar-se, entende que há dois fatores que corroboram para essa problemática, como o desinteresse por parte da população e a falta de uma democratização ao acesso dos livros.
É fulcral pontuar que um dos causadores desse desinteresse são os pais, uma vez que a teoria da Tábula Rasa do filósofo John Locke afirma que o ser humano nasce como uma tela em branco, em que todo seu conhecimento é construindo por meio das experiências. Logo, é evidente que o hábito de leitura entre pais e filhos é um grande aliado para futuramente contribuir com o desenvolvimento intelectual do indivíduo. Ademais, a instituição de ensino pode fortalecer ainda mais esse hábito, mostrando o livro como um elemento que serve para à criação de um ser pensante. Por conseguinte, não ocorrendo a estimulação, o indivíduo encontra-se cada vez mais distante de alcançar o conhecimento.
Outrossim, vale salientar que a negligência do governo é um forte intensificador da problemática. Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil em 1808, foi instaurada a Biblioteca Nacional como fito de estimular a leitura. Entretanto, o atual cenário faz-se diferente visto que a quantidade de bibliotecas públicas é mínima e isso só mostra a ineficácia governamental.
Assim, é evidente que a leitura é um grande elemento para a formação do cidadão e para tornar-la mais presente na sociedade brasileira, fazem-se necessárias medidas solucionadoras. Desse modo, é cabível ao Ministério da Fazenda direcionar verba para o Ministério da Educação – órgão responsável pela elaboração e execução da Política Nacional de Educação – para que este invista em projetos voltados para à melhoria. Por intermédio de construção de bibliotecas públicas em lugares acessíveis à toda população, juntamente com feiras de livros em praças, para que a sociedade se interesse cada vez mais pela leitura e que a veja como um meio atrativo. A fim de diminuir de maneira gradativa o índice de não leitores.