A importância da educação financeira na vida do brasileiro

(Se possível, corrigir nos critérios do ENEM. Encaixou na folha, deu 29 linhas.)

“Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro da nação”. Retirado da música “Que País é Esse?”, da banda Legião Urbana, o trecho pode fazer referência à hodierna infração aos benefícios normativos presentes na Magna Carta, visto que, caso o direito à educação fosse assegurado, resolveria a carência de educação financeira aos brasileiros e se concretizaria uma pátria mais harmônica. Nessa perspectiva, cabe analisar acerca da omissão estatal, bem como do fraco ensino nupérrimo, pois estes colaboram para a permanência do panorama.

A princípio, “Ética a Nicômaco”, célebre obra do filósofo grego Aristóteles, defende que a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos. Todavia, quando se observa a ampliação de consumidores imoderados na esfera atual, percebe-se uma negligência governamental, já que o Estado – responsável pelo bem-estar social – não faz jus à máxima aristotélica e corrobora para o prejuízo monetário dos indivíduos tupiniquins por falta de ensino financeiro, dado que apenas 43% da população controla suas finanças, consoante o Serviço de Proteção ao Crédito. Dessarte, faz-se mister um esforço do governo.

Em segundo plano, a lacuna educacional é, também, um impulsionador do consumismo exacerbado na sociedade. Conforme o filósofo alemão Immanuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”. Sob esse viés, nota-se a veracidade da frase pregada por Kant, uma vez que o sistema pedagógico vigente não oferece planos viáveis para ministrar aulas de cunho econômico, o qual forma alunos subdesenvolvidos e despreparados em lidar com o dinheiro. À vista disso, a educação brasileira precisa passar por melhorias, para o corpo discente desenvolver a noção dos entraves financeiros que assolam as famílias do país.

Infere-se, portanto, que a educação financeira possui ampla influência no avanço da parcela cívica e, por isso, deve ser normalizada. Sendo assim, por meio das mídias, cabe ao Ministério da Economia – responsável pela política econômica nacional – trazer relatos e informações precisas que falem acerca dos prejuízos de ser um consumidor exagerado, a fim de conscientizar o povo e fazê-lo gastar só com o necessário. Ademais, o Ministério da Educação deve, mediante políticas educacionais, implementar a disciplina de Educação Financeira no currículo escolar dos estudantes, de modo que os mesmos aprendam sobre a economia brasileira e cresçam responsáveis pela posse do próprio capital. Talvez assim, a Constituição Cidadã seja respeitada e, com isso, tornar-se-á possível acreditar, de fato, no futuro da nação.